Tratamento inovador para diabetes tipo 2 na Farmácia Popular ajuda a descarbonizar o SUS
Novos dados da COP30 mostram que ampliar acesso a medicamentos reduz emissões de CO2 e melhora a saúde dos pacientes
Dados recentes apresentados na COP30, realizada em Belém (PA), revelam que o acesso ampliado aos inibidores de SGLT2 (iSGLT2), medicamentos inovadores para o tratamento do diabetes tipo 2 (DM2), pode contribuir significativamente para a descarbonização do Sistema Único de Saúde (SUS). A informação foi divulgada por meio de um estudo conjunto entre AstraZeneca e IQVIA, que avaliou o impacto ambiental do cuidado em doenças crônicas.
O diabetes tipo 2 afeta mais de 16 milhões de brasileiros e, quando mal controlado, pode levar a complicações graves, como doenças cardiovasculares e Doença Renal Crônica (DRC), que pode evoluir para insuficiência renal e necessidade de diálise. A diálise, embora essencial para salvar vidas, é um procedimento que consome grandes quantidades de água e energia, além de gerar altas emissões de dióxido de carbono (CO2).
Desde o início de 2025, o programa Farmácia Popular oferece os iSGLT2 gratuitamente para pacientes com DM2, ampliando o acesso a essa classe de medicamentos que não só controla a doença, mas também oferece proteção cardiorrenal e desacelera a progressão da DRC. Segundo o Dr. Moura Neto, presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia, “Ao retardar a progressão de doenças crônicas, como a DM2, para uma possível insuficiência renal por meio de tratamento adequado, podemos melhorar os desfechos dos pacientes e, ao mesmo tempo, reduzir a pegada ambiental”.
O estudo ECOSUS analisou as emissões cumulativas de CO2 relacionadas ao DM2, DRC e insuficiência cardíaca em 155 pacientes brasileiros ao longo de três anos. Os resultados mostraram que as emissões de CO2 associadas aos pacientes em diálise são até 135 vezes maiores do que as emissões geradas pelo tratamento com iSGLT2. Além disso, o tratamento com esses medicamentos pode retardar em até 15 anos a progressão da doença que leva à insuficiência renal.
Olavo Corrêa, presidente da AstraZeneca Brasil, destacou na COP30 que “A crise climática também é uma crise de saúde” e ressaltou a importância da colaboração e da ciência para acelerar a transição para sistemas de saúde mais sustentáveis e equitativos.
O painel “Saúde e clima: Como o programa Farmácia Popular pode contribuir para a descarbonização do SUS”, realizado durante a COP30, reuniu especialistas e representantes do Ministério da Saúde para discutir as implicações do estudo para o cuidado ao paciente e a sustentabilidade do sistema público de saúde.
Esses avanços indicam que o acesso a tratamentos inovadores, além de beneficiar diretamente a saúde das mulheres e da população em geral, pode ser um importante aliado na luta contra as mudanças climáticas, promovendo um SUS mais sustentável e eficiente.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



