Nova terapia oral promete controlar câncer de mama avançado RH-positivo por mais tempo
Estudo revela que combinação inovadora reduz progressão da doença e melhora qualidade de vida das pacientes
Dados recentes da assessoria de imprensa da Roche destacam avanços promissores no tratamento do câncer de mama avançado com receptor hormonal positivo (RH-positivo). O estudo clínico de fase III evERA revelou que a combinação do medicamento em pesquisa giredestranto com everolimo pode prolongar significativamente o controle da doença em pacientes que já receberam tratamentos anteriores, incluindo inibidores de CDK4/6 e terapia endócrina.
O câncer de mama RH-positivo é caracterizado pela presença de receptores de estrogênio nas células tumorais, o que estimula o crescimento do tumor. O giredestranto atua bloqueando de forma seletiva e potente esses receptores, por meio de uma estratégia conhecida como SERD (modulador seletivo do receptor de estrogênio degradador). Além disso, sua administração é totalmente oral, o que traz maior conforto e praticidade para as pacientes.
Os resultados do estudo evERA mostraram que a combinação de giredestranto com everolimo reduziu o risco de progressão da doença em 44% na população geral do estudo (intenção de tratar) e em 62% entre pacientes com mutação no gene ESR1, responsável pelo receptor de estrogênio. A sobrevida livre de progressão aumentou de 5,49 para 8,77 meses na população geral, e de 5,45 para 9,99 meses nos pacientes com mutação no ESR1, em comparação com a terapia endócrina padrão.
A segurança do novo regime também foi avaliada, com eventos adversos compatíveis com os perfis conhecidos dos medicamentos isolados e sem novos sinais de alerta. Essa combinação atua em duas vias de sinalização distintas, o que pode explicar seu potencial para melhorar os resultados clínicos, especialmente em um cenário onde a resistência às terapias endócrinas representa um desafio significativo.
A oncologista Dra. Katsuki Tiscoski ressalta que “a resistência às terapias endócrinas, especialmente no cenário pós-inibidores de CDK4/6, aumenta o risco de progressão da doença e está associada a desfechos clínicos desfavoráveis”. Ela destaca ainda que “um regime totalmente oral pode reduzir o impacto do tratamento na rotina das pacientes, minimizando a necessidade de injeções”.
O câncer de mama RH-positivo representa cerca de 70% dos casos desse tipo de tumor, o que reforça a importância de desenvolver tratamentos inovadores e eficazes para essa parcela significativa de pacientes. O giredestranto está sendo investigado em cinco estudos de fase III, abrangendo diferentes cenários e linhas de tratamento, com o objetivo de ampliar as opções terapêuticas e melhorar a qualidade de vida das mulheres afetadas.
Esses avanços foram apresentados no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia Médica (ESMO) 2025, realizado em Berlim, que é uma das principais plataformas globais para divulgação das novidades em oncologia.
Com essa nova combinação terapêutica, há esperança de que o câncer de mama avançado RH-positivo possa ser controlado por mais tempo, proporcionando às pacientes maior tempo de qualidade e bem-estar durante o tratamento.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



