Desafios e Inclusão: Profissionais e Pacientes com Deficiência na Odontologia Brasileira

Entenda as barreiras enfrentadas e as iniciativas para promover a acessibilidade e o atendimento especializado na odontologia.

Dados recentes do censo de 2022, divulgados em 2025, revelam que o Brasil conta com 14,4 milhões de pessoas com deficiência, representando 7,3% da população a partir dos dois anos de idade. Entre esses indivíduos, há tanto cirurgiões-dentistas quanto pacientes que enfrentam diversos desafios para exercer a profissão ou acessar tratamentos odontológicos adequados. Essas informações foram compartilhadas pela assessoria de imprensa do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

Segundo a Dra. Adriana Zink, integrante da Comissão Temática para Assuntos da Pessoa com Deficiência do CROSP, pessoas com deficiência apresentam impedimentos físicos, mentais, intelectuais ou sensoriais de longo prazo, o que pode dificultar sua participação plena na sociedade em condições de igualdade. Apesar da relevância do tema, não existem dados específicos sobre a quantidade de cirurgiões-dentistas com deficiência, o que dificulta a criação de políticas públicas eficazes para inclusão.

A diversidade das deficiências é ampla, incluindo condições congênitas como deficiência auditiva, física, transtorno do espectro autista e doenças raras, além de deficiências adquiridas ao longo da vida, como sequelas de AVC, amputações e doenças degenerativas. A Dra. Adriana destaca que, com as adaptações necessárias, esses profissionais podem continuar atuando na clínica, docência ou pesquisa.

Uma iniciativa importante para apoiar esses profissionais foi a criação da Comissão de Cirurgiões-Dentistas com Deficiência do CROSP. Na primeira formação, participaram profissionais com diferentes condições, todos ativos na odontologia. Essa comissão auxilia no retorno ao mercado de trabalho, seja em casos temporários ou definitivos de deficiência.

Os desafios enfrentados variam conforme a deficiência: profissionais com deficiência auditiva lidam com barreiras comunicacionais, enquanto aqueles com deficiência física enfrentam obstáculos arquitetônicos. Além disso, a ausência de políticas públicas específicas, leis e programas de inclusão agrava a situação. Barreiras de admissão em serviços públicos e privados, muitas vezes motivadas por preconceito, também são um problema, reforçando a necessidade de conscientização.

Para o atendimento a pacientes com deficiência, a recomendação é buscar profissionais especializados em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais, que oferecem um atendimento individualizado e acolhedor, minimizando as barreiras. Esses especialistas geralmente atuam em equipes multidisciplinares, garantindo um cuidado mais completo.

O conselheiro do CROSP, Dr. Mauricio Querido, ressalta que a falta de clínicas adaptadas, transporte adequado e profissionais capacitados impacta diretamente o acesso aos tratamentos. Ele destaca a importância do SUS, das universidades e das parcerias com ONGs para promover um atendimento inclusivo. Além disso, enfatiza que toda a equipe de atendimento deve estar preparada para lidar com a diversidade, com estratégias para reduzir o estresse e melhorar a experiência do paciente, além de garantir acessibilidade física e tecnológica nos consultórios.

Esses esforços são fundamentais para construir uma odontologia mais inclusiva, que respeite e atenda às necessidades de todos, promovendo saúde e qualidade de vida para profissionais e pacientes com deficiência.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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