Câncer colorretal em jovens: alerta para sinais e prevenção antes dos 50 anos

Aumento de casos em adultos jovens reforça a importância do rastreamento precoce e da atenção aos sintomas

O câncer colorretal, tradicionalmente associado a pessoas acima dos 50 anos, vem apresentando um aumento preocupante entre adultos jovens, inclusive em Curitiba. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que essa doença é a terceira mais incidente no Brasil e a segunda que mais causa mortes, com uma estimativa de 45,6 mil novos casos anuais entre 2023 e 2025. O que chama atenção dos especialistas é a mudança no perfil etário: atualmente, um em cada cinco diagnósticos ocorre em pessoas com menos de 54 anos.

Segundo o cirurgião oncológico do aparelho digestivo, Dr. Marciano Anghinoni, coordenador do tratamento de Tumores Gastrointestinais do Centro de Oncologia do Paraná (COP), reconhecer os sintomas precocemente e iniciar o rastreamento no momento adequado pode facilitar diagnósticos mais simples, cirurgias menos invasivas e aumentar as chances de cura. “O intestino fala — e a gente precisa ouvir os sinais que ele dá”, alerta o especialista.

Entre os sintomas que não devem ser ignorados estão o sangramento nas fezes, mudanças persistentes no hábito intestinal (prisão de ventre ou diarreia por mais de 3 a 4 semanas), sensação de evacuação incompleta, anemia, dor abdominal contínua e perda de peso sem explicação. Apesar disso, muitas pessoas banalizam esses sinais, atribuindo-os a problemas menos graves, como hemorroidas, o que pode atrasar o diagnóstico.

O rastreamento do câncer colorretal envolve principalmente a pesquisa de sangue oculto nas fezes e a colonoscopia, exame que permite detectar e retirar pólipos — lesões benignas que podem evoluir para câncer. As diretrizes atuais recomendam que pessoas de risco médio iniciem o rastreamento a partir dos 45 anos, enquanto quem tem histórico familiar, pólipos prévios, doenças inflamatórias intestinais ou síndromes genéticas deve começar ainda mais cedo.

“Não existe um protocolo único. A decisão deve ser individual, considerando o risco de cada paciente. Em muitos casos, adiantar o rastreamento salva vidas”, reforça Dr. Marciano. Nos estágios iniciais, a chance de cura ultrapassa 90%, e os avanços médicos possibilitam tratamentos menos agressivos, como cirurgias robóticas e procedimentos minimamente invasivos, que reduzem dor, sangramento e tempo de internação.

Casos conhecidos de celebridades diagnosticadas jovens, como o ator Chadwick Boseman, a cantora Preta Gil e a apresentadora Simony, ajudam a dar visibilidade ao tema e reforçam a importância da prevenção. “O câncer colorretal é silencioso, mas detectável. A prevenção ainda é nossa melhor ferramenta”, destaca o cirurgião.

Por fim, o especialista enfatiza que naturalizar o diálogo sobre o intestino e os exames preventivos pode salvar vidas. “Falar de evacuação, de sangue nas fezes, de exames preventivos, não deve ser tabu. É uma conversa que pode mudar o destino de uma família inteira.” Qualquer alteração persistente no funcionamento intestinal deve ser avaliada por um médico especialista para garantir um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Centro de Oncologia do Paraná.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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