Uso excessivo de antibióticos alimenta crise global de superbactérias

Semana Mundial alerta para a resistência antimicrobiana e a importância do uso responsável de medicamentos

De 18 a 24 de novembro, a Semana Mundial de Conscientização sobre a Resistência Antimicrobiana (RAM) destaca um problema crescente e silencioso: o uso excessivo de antibióticos que alimenta a crise das superbactérias. Essa iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) visa ampliar o entendimento sobre a resistência antimicrobiana e incentivar práticas responsáveis entre a população e profissionais de saúde.

A resistência antimicrobiana ocorre quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos e parasitas se adaptam e deixam de responder aos medicamentos, tornando infecções mais difíceis de tratar e aumentando riscos de complicações e mortes. A infectologista Dra. Michelle Zicker, do São Cristóvão Saúde, explica que o uso inadequado de antibióticos, tanto em humanos quanto em animais, é o principal fator para o surgimento dessas bactérias resistentes. “As bactérias resistentes desenvolvem a capacidade de sobreviver e se multiplicar mesmo quando expostas a medicamentos antimicrobianos, como antibióticos”, afirma a especialista.

A gravidade do problema é refletida em números alarmantes: globalmente, a RAM está associada a mais de 1,27 milhão de mortes diretas por ano e contribui para outras 4,95 milhões. No Brasil, estima-se que a resistência antimicrobiana cause cerca de 33 mil mortes diretas anualmente. Se medidas eficazes não forem adotadas, os óbitos podem chegar a 39 milhões até 2050. Além do impacto sanitário, a resistência antimicrobiana ameaça a economia mundial, podendo gerar perdas bilionárias e aumentar a pobreza extrema.

Infecções causadas por bactérias Gram-negativas multirresistentes, Mycobacterium tuberculosis resistente à rifampicina, Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus, Neisseria gonorrhoeae e Enterococcus faecium são algumas das mais preocupantes. A Dra. Michelle reforça que a população tem papel fundamental na contenção do problema: “Nunca utilizar antibióticos sem prescrição médica ou odontológica, seguir corretamente as orientações, respeitar doses, horários e o tempo de tratamento indicado.” Ela alerta ainda para a importância de não compartilhar medicamentos e descartar adequadamente as sobras.

Embora historicamente a resistência bacteriana tenha sido mais preocupante em hospitais, o problema já se estende à comunidade, exigindo atenção também em consultórios e unidades básicas de saúde. Como o desenvolvimento de novos antibióticos é lento e desafiador, a prevenção é a melhor estratégia, incluindo o uso racional de medicamentos, higiene adequada e pesquisas para novas terapias.

A Semana Mundial de Conscientização sobre a RAM reforça a necessidade de um esforço global para enfrentar essa ameaça, por meio de educação, comunicação e ações coordenadas entre governos, instituições de saúde e sociedade. O combate à resistência antimicrobiana é essencial para garantir tratamentos eficazes e preservar a saúde pública no futuro.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do Grupo São Cristóvão Saúde.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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