Prematuridade no Brasil: o alto custo financeiro e a urgência da prevenção neonatal

Campanha Novembro Roxo destaca impacto bilionário da prematuridade e a necessidade de políticas públicas eficazes

Durante a campanha Novembro Roxo, a ONG Prematuridade.com chama a atenção para o impacto econômico e social do nascimento prematuro no Brasil, reforçando a urgência de políticas públicas eficazes para prevenção e cuidado neonatal. Dados recentes revelam que o custo das internações de bebês prematuros em unidades de terapia intensiva neonatal (UTI) alcançou cifras bilionárias, evidenciando um desafio silencioso e de grande impacto para o sistema de saúde brasileiro.

Segundo levantamento da Planisa, consultoria especializada em custos hospitalares, foram gastos cerca de R$ 13,5 bilhões em 2024 com internações de recém-nascidos prematuros. A análise considerou uma amostra de 18 mil altas hospitalares, com permanência média de 14 dias em UTI neonatal, e utilizou dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) do Ministério da Saúde. Quando se projeta o custo com base em uma pesquisa da ONG Prematuridade.com, que apontou uma média de 51 dias de internação para esses bebês, o gasto estimado pode chegar a R$ 32 bilhões.

Denise Suguitani, diretora executiva da ONG, destaca que “os dados mostram que a prematuridade causa um enorme impacto financeiro, mas o que mais preocupa são as consequências de longo prazo para essas crianças, suas famílias e para a sociedade”. Ela reforça a importância do fortalecimento de políticas de prevenção, como o planejamento reprodutivo e o acesso a um pré-natal de qualidade. “Por trás dos números existem vidas, bebês, famílias. Pelo menos 12% das crianças nascidas no Brasil são prematuras, então precisamos urgentemente diminuir esses índices”, completa.

O peso econômico da prematuridade fica ainda mais evidente ao comparar os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com outras áreas. De janeiro a setembro de 2025, o SUS destinou cerca de R$ 13 bilhões para internações de prematuros em UTI, valor mais de três vezes superior ao gasto total com vítimas de acidentes de trânsito na última década, que somou R$ 3,8 bilhões. Apesar da grande atenção pública dedicada aos acidentes de trânsito, a prematuridade permanece como um desafio silencioso, agravado por fatores sociais e culturais, como a gestação na adolescência, dificuldades no acesso ao pré-natal e a elevada taxa de cesarianas eletivas.

Denise Suguitani enfatiza que “é preciso garantir que o cuidado comece antes do nascimento, especialmente para as mulheres em situação de vulnerabilidade”. Ela conclui que “reduzir a prematuridade é possível, mas exige um compromisso coletivo do poder público, dos profissionais de saúde e da sociedade. Prevenir é sempre mais humano e muito mais econômico”.

A campanha Novembro Roxo, portanto, não apenas alerta para o custo bilionário da prematuridade, mas também reforça a importância de ações integradas para garantir que cada bebê prematuro tenha acesso ao melhor cuidado, possibilitando não só a sobrevivência, mas o desenvolvimento saudável e pleno. Dados da assessoria de imprensa foram utilizados para a elaboração deste conteúdo.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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