Descontos nem sempre são economia: saiba evitar armadilhas financeiras na Black Friday
Entenda por que promoções relâmpago e crédito rotativo podem comprometer seu orçamento
Com a alta temporada de compras se aproximando, impulsionada pela Black Friday e festas de fim de ano, é fundamental estar atenta para não cair em armadilhas disfarçadas de descontos. Dados recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) da CNC revelam que, em setembro de 2025, 79,2% das famílias brasileiras tinham dívidas a vencer, enquanto a inadimplência atingiu 30,5%, o maior índice da série histórica.
Neste cenário, a promessa de descontos pode parecer uma oportunidade imperdível, mas nem todo “desconto” é um bom negócio para o seu bolso. Segundo Ricardo Malaquias, Diretor de Estratégia, Cobrança e Operações da Simplic, “a atração por um preço baixo pode ofuscar nosso julgamento, nos levando a comprometer o orçamento com algo que, em circunstâncias normais, nem consideraríamos comprar”. Ou seja, o que parece economia pode ser apenas um gasto desnecessário, especialmente quando a compra é feita por impulso.
Um dos principais perigos são as promoções relâmpago e cupons de desconto, muito comuns durante a Black Friday. Muitas vezes, o preço do produto é inflacionado dias antes para que o desconto aparente seja apenas um retorno ao valor original. Para se proteger, o especialista recomenda acompanhar a variação do preço do produto desejado por semanas e comparar valores em diferentes lojas.
Outro risco significativo está no uso do crédito rotativo do cartão. Dados do Banco Central indicam que a inadimplência nessa modalidade ultrapassou 60% em agosto de 2025. Pagar apenas o valor mínimo da fatura pode resultar em juros que superam 400% ao ano, transformando uma dívida pequena em uma bola de neve. Malaquias alerta: “O cartão é uma ferramenta de conveniência, não de crédito de longo prazo. Usar o rotativo é como tomar um empréstimo com a taxa de juros mais alta do mercado”.
Para evitar esses problemas, o caminho é cultivar uma postura financeira consciente. Planejar as compras, fazer listas do que realmente é necessário e estabelecer limites claros de gastos são passos essenciais. Desconfie de preços muito abaixo do mercado, pois podem indicar golpes ou produtos de baixa qualidade.
A educação financeira, como destaca Malaquias, é sobre “conhecer seus limites, planejar seus gastos e entender que o verdadeiro desconto é aquele que não compromete suas contas”. Com atenção e planejamento, é possível aproveitar as promoções sem prejudicar a saúde do seu bolso.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, trazendo dados atuais e orientações para que você faça escolhas mais seguras e conscientes nas compras da temporada.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



