Parkinson: número de pacientes pode dobrar até 2050, alerta estudo recente
Entenda os sinais iniciais e os desafios do diagnóstico precoce da doença neurodegenerativa
Um estudo recente publicado no British Medical Journal (BMJ) revela que o número de pessoas com Doença de Parkinson deve mais que dobrar até 2050, chegando a cerca de 25,2 milhões de casos no mundo. Esse aumento expressivo está diretamente relacionado ao envelhecimento da população global e ao aumento da expectativa de vida, fatores que elevam a incidência dessa condição neurológica degenerativa.
A Doença de Parkinson é a segunda neurodegenerativa mais comum, ficando atrás apenas do Alzheimer. No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre seus sintomas iniciais e o diagnóstico precoce. De acordo com o professor de Neurologia da Afya Educação Médica Ribeirão Preto, Dr. André Felício, os primeiros sinais costumam ser motores, como tremor em repouso, rigidez muscular e bradicinesia — a lentidão dos movimentos. Contudo, nem todos os pacientes apresentam tremor, o que dificulta o diagnóstico. “Cerca de 25% dos casos são erroneamente diagnosticados, justamente pela ausência do tremor, o que pode levar à confusão com problemas ortopédicos ou até outras condições neurológicas, como AVC”, explica o especialista. A bradicinesia é considerada o sintoma definidor da doença, mesmo quando o tremor está ausente.
Além dos sintomas motores, a doença pode se manifestar por sinais não motores, como perda do olfato, distúrbios do sono e alterações no humor, que podem surgir anos antes do diagnóstico clínico. No entanto, segundo o neurologista, buscar ativamente pessoas com sintomas isolados, como perda do olfato, não é eficaz, pois esses sinais são relativamente comuns na população geral.
Outro ponto importante é a distinção entre o tremor do Parkinson e o tremor essencial, uma condição benigna que também provoca movimentos involuntários. O tremor do Parkinson tende a ser unilateral ou assimétrico, ocorre em repouso e melhora com o movimento. Já o tremor essencial é bilateral, simétrico e acontece durante movimentos, como pentear o cabelo ou segurar objetos.
O crescimento previsto da doença reforça a necessidade de informação qualificada, capacitação de profissionais e fortalecimento da rede pública de saúde para atender uma população cada vez mais envelhecida. Embora existam tratamentos que melhoram a qualidade de vida, como medicamentos dopaminérgicos e a estimulação cerebral profunda, ainda não há cura definitiva para o Parkinson.
Com um cenário de expansão global e diagnósticos muitas vezes tardios, a Doença de Parkinson representa um dos maiores desafios neurológicos da atualidade. Reconhecer seus sintomas com precisão e compreender suas particularidades são passos essenciais para garantir um cuidado mais humanizado e eficaz às pessoas que convivem com essa condição.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa da Afya, referência em educação médica no Brasil.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



