O perigo silencioso do pré-diabetes: 90% dos brasileiros desconhecem a condição

Brasil está entre os países com mais casos de diabetes; prevenção e diagnóstico precoce são essenciais

O Brasil enfrenta uma crescente epidemia silenciosa: o diabetes e o pré-diabetes. Segundo dados do Atlas Global do Diabetes 2025, divulgado pela International Diabetes Federation (IDF), o país ocupa a 6ª posição mundial em número de casos, com 16,6 milhões de pessoas vivendo com a doença — um aumento de 5,7% em apenas quatro anos. Em 2024, foram registradas 111 mil mortes causadas pelo diabetes, número 20 vezes maior que os óbitos por dengue no mesmo período. Globalmente, a doença atinge 589 milhões de adultos e mata uma pessoa a cada seis segundos.

Ainda mais preocupante é o pré-diabetes, condição que antecede o diabetes tipo 2. No Brasil, 30 milhões de pessoas estão nessa fase, mas apenas uma em cada nove sabe que tem a condição, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). O pré-diabetes é caracterizado por níveis de glicose em jejum entre 100 e 125 mg/dL, acima do normal, mas sem atingir o diagnóstico de diabetes. Por ser assintomático, ele passa despercebido, e a única forma de identificação é por meio de exames de sangue regulares.

O endocrinologista Fabiano Malard, professor do Centro Universitário UniBH, destaca que fatores como excesso de peso, aumento da circunferência abdominal, sedentarismo, histórico familiar, idade acima de 45 anos, pressão alta, colesterol elevado, síndrome dos ovários policísticos e diabetes gestacional aumentam o risco de evolução do pré-diabetes para diabetes tipo 2. “Por ser assintomático, o pré-diabetes costuma ser descoberto apenas quando já evoluiu para diabetes e complicações associadas”, alerta Malard. Alguns sinais que podem surgir em pessoas com maior risco incluem manchas escuras nas dobras do pescoço e axilas, ganho rápido de peso, sede excessiva e visão embaçada.

Para detectar o pré-diabetes, existem três tipos de exames laboratoriais: glicose em jejum, hemoglobina glicada e teste oral de tolerância à glicose. Pessoas acima dos 35 anos ou mais jovens com fatores de risco devem realizar esses exames anualmente.

A boa notícia é que o pré-diabetes pode ser revertido com mudanças no estilo de vida. O endocrinologista recomenda pelo menos 150 minutos semanais de exercícios aeróbicos, alimentação rica em fibras, grãos integrais, verduras e frutas, além da redução do consumo de açúcares, ultraprocessados e álcool. A perda de pelo menos 5% do peso corporal também é fundamental. “Pequenas mudanças, quando feitas cedo, têm grande impacto. Cuidar da alimentação, se movimentar e fazer acompanhamento médico regular pode evitar uma doença que já é epidêmica no país”, reforça Malard.

O pré-diabetes não é uma sentença, mas uma oportunidade para prevenir o diabetes tipo 2 e suas complicações. Com acompanhamento médico e hábitos saudáveis, é possível reverter o quadro e evitar tratamentos mais complexos no futuro. A prevenção é o melhor remédio para uma condição que já afeta milhões de brasileiros e ameaça a saúde pública.

Este conteúdo foi elaborado com base em dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

👁️ 93 visualizações
🐦 Twitter 📘 Facebook 💼 LinkedIn
compartilhamentos

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar

Comece a digitar e pressione o Enter para buscar