O Crescimento do Empreendedorismo Feminino e sua Transformação no Mercado Brasileiro

Como a presença das mulheres está redefinindo estratégias, impulsionando inovação e promovendo uma nova lógica de crescimento no Brasil

O empreendedorismo feminino vive um momento de expansão sem precedentes no Brasil. Dados do Sebrae indicam que, em 2024, as mulheres representam 46,8% dos empreendedores iniciais, a maior taxa desde 2019. Mais do que abrir empresas, elas lideram iniciativas que se destacam pela inovação, diversificação e eficiência operacional.

Além disso, as empreendedoras possuem, em média, um nível de escolaridade superior ao dos homens: 72,4% têm ensino médio completo e quase 29% possuem formação superior. No entanto, o rendimento médio das mulheres à frente de negócios ainda é 24,4% menor, revelando desafios estruturais como o acesso desigual a crédito, a sobrecarga doméstica e barreiras culturais que limitam o pleno potencial desse protagonismo.

A força das mulheres no empreendedorismo não está apenas nos números, mas na forma como constroem seus negócios. Elas trazem uma visão multifacetada que combina sensibilidade, análise de risco e execução precisa. Pensam o negócio de forma integrada, focando não só em resultados, mas também em propósito.

Essa combinação se reflete diretamente na inovação. Startups e pequenas empresas fundadas por mulheres tendem a apresentar modelos mais adaptáveis, gestão de pessoas mais estruturada e maior fidelização de clientes. As mulheres reagem mais rapidamente às mudanças do mercado e transformam desafios em oportunidades, adotando uma mentalidade de construção em vez de disputa.

Eventos recentes que reúnem mulheres inspiradoras em diferentes áreas mostram a potência feminina e o impacto positivo dessas conexões no fortalecimento do ecossistema empreendedor. O olhar feminino é essencial para o futuro dos negócios, promovendo protagonismo e inovação.

No âmbito macroeconômico, o Brasil está entre os dez países com maior proporção de mulheres empreendedoras no mundo, segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM). A tendência é que esse avanço se intensifique com o fortalecimento de redes de apoio, mentorias e programas de aceleração voltados ao público feminino. O futuro dos negócios será cada vez mais colaborativo, e as mulheres compreendem essa lógica de forma natural, liderando uma nova forma de crescimento.

O empreendedorismo feminino já é responsável por mais de 10 milhões de negócios ativos no país, representando não apenas um avanço estatístico, mas uma transformação profunda na maneira de empreender no Brasil.

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Por Paulo Motta

empresário, investidor e especialista em gestão de ativos; sócio da IMvester; líder da holding The Networkers; formado em Administração de Empresas pelo Mackenzie; experiência em grandes companhias e setor de entretenimento; gestor de carreira de personalidades do esporte; idealizador do Camarote Monumental; atuação em projetos de impacto social e lideranças empresariais com foco em crescimento sustentável e inovação

Artigo de opinião

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