Bonsai em Curitiba: mais que um hobby, uma filosofia de vida para o equilíbrio

Em meio à agitação das rotinas modernas e ao avanço da tecnologia, práticas que promovem a pausa e a contemplação ganham cada vez mais espaço. Em Curitiba, a arte do bonsai tem conquistado adeptos que buscam não apenas um hobby offline, mas uma verdadeira filosofia de vida.

Localizada no bairro Santa Felicidade, a loja O Bonsai reúne mais de 2 mil exemplares de bonsais e pré-bonsais, além de oferecer cursos e oficinas que formam uma comunidade fiel com mais de 100 alunos e frequentadores regulares. Para o cultivador e professor Edson Cordeiro, responsável pelo espaço desde 2007, o bonsai vai muito além de um passatempo.

“As árvores nos ensinam a esperar, a respeitar os ciclos e a nos autorregular. Quando conseguimos aplicar isso à vida, entendemos que o bonsai é mais do que uma planta, é um espelho de nós mesmos”, afirma Edson.

A paixão de Edson pelo bonsai começou há mais de 15 anos, inspirada pelo filme Karatê Kid, que apresentou a filosofia oriental a uma geração inteira. Posteriormente, uma reportagem local reacendeu seu interesse, levando-o a aprofundar os estudos, participar de cursos e eventos com mestres nacionais e internacionais.

Esse aprendizado resultou na criação da loja O Bonsai, dedicada à prática e à disseminação dessa tradição japonesa. Em 2014, o projeto se expandiu com o Estúdio Bonsai Essência, focado na formação na filosofia da arte, cujo nome remete a um pinheiro-negro recém-germinado, símbolo de crescimento e potencial. O lema do estúdio é simples e profundo: ver, sentir, contemplar.

Mais do que um curso, o estúdio se tornou uma comunidade. Aos sábados, alunos e curiosos se reúnem para trocar experiências, comparar resultados e discutir os cuidados com as plantas. Para muitos, o bonsai virou uma forma de meditação ativa.

“Minha visão era restrita a uma planta pequena. Quando comecei a frequentar o curso, percebi que o bonsai é uma verdadeira obra de arte. Minha evolução foi enorme — e o resultado está aqui, nas minhas mãos”, conta Mário Maia, um dos alunos mais antigos.

Emerson, que cultiva bonsais há dez anos, destaca o valor do aprendizado coletivo: “A loja tem estrutura, equipe dedicada e um ambiente de troca que incentiva a evolução. Aos sábados, a gente conversa sobre técnicas e tendências, sempre aprendendo algo novo.”

Edson reforça que seu objetivo vai além de ensinar técnicas: ele incentiva os alunos a observarem não só o desenvolvimento das plantas, mas também o próprio processo interior. “Houve momentos em que minhas plantas estavam saudáveis, mas eu não. Foi quando percebi que o bonsai e a vida precisam estar em harmonia. A arte se torna mais verdadeira quando reflete quem somos”, revela.

O trabalho do professor e artista inspira uma comunidade crescente de cultivadores em Curitiba. Para ele, o segredo está em respeitar o tempo da natureza e compreender que a paciência é tão essencial quanto a técnica. “Tenho ensinado isso aos meus alunos: é fascinante a capacidade que as árvores têm de se autorregular. Estudando fisiologia e morfologia — e trazendo isso para o projeto de escola e para os meus cursos na loja O Bonsai — a gente se impressiona com a ciência da vida: a que acontece nas árvores e em nós. Isso provoca reflexões profundas.”

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA