ESG transforma o BPO e redefine o papel do RH nas empresas
Sustentabilidade e governança ética ganham espaço nas terceirizações, impulsionando eficiência e transparência no mercado brasileiro
Em um mundo em que a sustentabilidade ganha cada vez mais holofotes, e os olhos do mundo estão voltados para o Brasil com a realização da COP 30 em Belém, o Business Process Outsourcing (BPO) começa a ganhar importância, também de olho na sustentabilidade e ESG, está redefinindo o papel do RH na América Latina.
O ESG (Environmental, Social e Governance — respectivamente meio ambiente, impacto nas pessoas e gestão ética) se traduz em terceirizar processos com parceiros que usam energia renovável, promovem diversidade e garantem compliance. No Brasil, por exemplo, as empresas terceirizadas aumentaram em 30% a contratação de PCDs em 2024, alinhando-se à Lei de Cotas. Na governança, dashboards em tempo real reduzem riscos trabalhistas em 35%, garantindo transparência.
Para Renato Pádua, gerente comercial e de operações da RH NOSSA, as empresas estão criando cadeias de fornecedores alinhadas às expectativas ESG e quem quiser prestar serviços terá que se adaptar:
“O BPO estratégico vai além da eficiência operacional: ele integra cláusulas verdes, como o uso de analytics para reduzir emissões de carbono, e promove cadeias de valor sustentáveis. É preciso que as empresas estejam alinhadas a essas premissas ou serão suplantadas muito rapidamente”, destaca Pádua.
A própria RH NOSSA é um exemplo. Desde 2023, a empresa tem o selo ESG e, segundo seu diretor, a certificação abriu portas para grandes marcas que contam com compliance e exigem esse tipo de atuação.
O estudo Obrigatoriedade dos Relatórios de Sustentabilidade, publicado pela auditoria e consultoria internacional KPMG, mostrou que o Brasil saltou oito posições, do 27º para o 19º lugar, entre os países mais transparentes em informações ESG, com 93% das companhias locais compartilhando suas práticas e resultados, uma alta de sete pontos percentuais em relação ao ranking divulgado em 2023, quando o índice era de 86%:
“Talvez hoje muitas empresas ainda vejam esse tipo de atitude como desnecessária, mas em um futuro próximo, será obrigação”, finaliza Pádua.
Por Ediney Giordani
Assessor de imprensa da RH NOSSA
Artigo de opinião



