Dormir mal pode dificultar o controle do diabetes em até 60%, alerta estudo
Entenda como a apneia do sono impacta a glicemia e agrava complicações do diabetes tipo 2
No Dia Mundial do Diabetes, celebrado em 14 de novembro, dados recentes reforçam a importância do sono na gestão do diabetes tipo 2. Segundo informações da assessoria de imprensa, até 60% das pessoas com essa condição apresentam apneia do sono, um distúrbio respiratório que fragmenta o descanso e compromete o controle da glicose no organismo.
A apneia obstrutiva do sono ocorre quando as vias aéreas se fecham parcial ou totalmente durante a noite, causando interrupções frequentes na respiração. Essas pausas podem acontecer várias vezes por hora, prejudicando a oxigenação do corpo e resultando em sintomas como ronco alto, despertares constantes, sonolência diurna e dificuldade de concentração.
O pneumologista Dr. Geraldo Lorenzi Filho, diretor médico da Biologix, explica que “é uma combinação perigosa. A apneia fragmenta o sono, aumenta a resistência à insulina e favorece inflamações crônicas, que agravam complicações do diabetes”. Durante o sono, o corpo regula hormônios essenciais, como insulina e cortisol. Quando o descanso é interrompido, esse equilíbrio se perde, elevando a glicemia e o risco de inflamações sistêmicas. Esses fatores podem acelerar o desenvolvimento de complicações graves, como doenças cardiovasculares, neuropatias e retinopatias.
O diagnóstico da apneia do sono tradicionalmente é feito por meio da polissonografia em clínicas especializadas, mas já existem métodos mais acessíveis, como o exame domiciliar com sensores portáteis. “Já são 20 mil diagnósticos mensais feitos no Brasil com o Exame do Sono da Biologix”, destaca o médico. Esse exame monitora a respiração, oxigenação e intensidade do ronco — muitas vezes o primeiro sinal percebido por quem divide o quarto com o paciente.
Para melhorar a qualidade do sono e, consequentemente, o controle do diabetes, medidas simples podem ser adotadas, como dormir de lado e perder peso. Em casos mais específicos, o tratamento pode incluir o uso de placas mandibulares ou do CPAP, aparelho que mantém as vias respiratórias abertas durante a noite. Um estudo publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine mostrou que o uso regular do CPAP por pelo menos oito horas por noite reduz o risco de progressão para diabetes em pessoas com pré-diabetes.
“Tratar distúrbios do sono é parte fundamental da estratégia para viver bem com diabetes”, reforça o Dr. Lorenzi Filho. Assim, cuidar do sono não é apenas uma questão de descanso, mas um passo essencial para a saúde e qualidade de vida das mulheres que convivem com essa doença.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



