IV Encontro Internacional de Atingidos por Barragens discute crise climática e protagonismo feminino
Em Belém, delegações de 45 países debatem conjuntura global e a importância da participação das mulheres na luta popular
O IV Encontro Internacional de Atingidos por Barragens e Crise Climática segue em Belém, Pará, reunindo delegações de 45 países dos cinco continentes para debater questões urgentes relacionadas à crise climática, modelo energético e direitos das populações atingidas. Organizado pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e sua articulação internacional, o Movimiento de Afectados por Represas (MAR), o evento acontece no Colégio CESEP e é um dos principais fóruns de base que antecedem a Cúpula dos Povos.
O segundo dia do encontro, realizado neste sábado (8), está dedicado à análise da conjuntura internacional e continental. Pela manhã, às 9h, especialistas como Jaron Brown, professor Carlos Vainer e Tatiane Paulino, do MAB, conduzem uma análise da conjuntura global. À tarde, às 14h30, o debate se aprofunda nas realidades da América, África, Ásia e Europa, com representantes de movimentos sociais de diversos países, incluindo Cuba, Austrália, Uganda e Espanha.
À noite, às 20h, acontece uma plenária dedicada à importância da participação das mulheres na luta popular, com a presença de lideranças femininas como Berrha Zúñiga Cáceres, de Honduras, e Catalina Huerta. Essa programação reforça o protagonismo feminino nas pautas sociais e ambientais, destacando a força das mulheres na construção de uma sociedade justa e igualitária.
O encontro teve início na sexta-feira (7) com uma forte demonstração de unidade política e institucional. A abertura contou com música da banda Mistura Popular e um almoço coletivo que simbolizou a soberania alimentar e a autogestão do movimento. A Mesa Oficial de Abertura reuniu representantes de movimentos sociais, povos indígenas e autoridades, como a ministra das Mulheres do Brasil, Márcia Lopes, que ressaltou sua trajetória em movimentos sociais e a responsabilidade de atuar na administração pública federal.
Também estiveram presentes lideranças indígenas e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), além de representantes do MAR, que reforçaram a construção de um projeto energético popular e criticaram as “falsas soluções” climáticas impostas pelos governos. Juan Pablo, do Movimento Colombiano Ríos Vivos, destacou a importância do acesso direto dos povos às decisões e recursos para a proteção ambiental.
Com uma agenda focada na articulação internacional e no fortalecimento das bases, o IV Encontro Internacional de Atingidos por Barragens e Crise Climática reafirma seu compromisso com a luta por justiça social, soberania energética e protagonismo das populações atingidas, especialmente das mulheres, no enfrentamento da crise climática.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do evento.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



