Quase metade das compras no supermercado são ultraprocessados, revela pesquisa
Estudo aponta impacto dos ultraprocessados na alimentação brasileira e alerta para riscos à saúde
Uma pesquisa recente da Rock Encantech, com dados do primeiro semestre de 2025, revelou que os alimentos ultraprocessados representam quase 50% das compras feitas pelos brasileiros nos supermercados. O levantamento analisou 770 milhões de transações em 44 milhões de domicílios e mostrou que, apesar do aumento médio de 8,2% nos preços do varejo alimentar, a preferência por produtos ultraprocessados permanece alta.
Entre os 25 produtos mais consumidos, 48% são ultraprocessados, como salgadinhos, macarrão instantâneo, biscoitos industrializados e refrescos em pó, que tiveram aumentos significativos de preço, chegando a 18,3% no caso dos salgadinhos. Em contrapartida, alimentos frescos e nutritivos como frutas, legumes, verduras, feijão e arroz apresentaram queda no consumo, acompanhada de redução nos preços.
Danielle Toledo, responsável pela Nutrição da Conexa, destaca que essa realidade reflete fatores sociais, econômicos e culturais. Segundo ela, “é como se estivéssemos construindo nossas refeições a partir do que é mais rápido, barato e viciante, não do nutritivo”. A especialista alerta que o aumento dos preços de alimentos frescos e proteínas magras dificulta o acesso a uma alimentação equilibrada, mostrando que o problema vai além da simples preferência.
O consumo excessivo de ultraprocessados traz riscos à saúde devido ao alto teor de sódio, açúcar, gorduras e aditivos artificiais. Entre os problemas associados estão obesidade, hipertensão, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer. Estudos científicos indicam que a cada 10% de aumento no consumo desses alimentos, o risco de morte sobe 3%. Além disso, mulheres com dietas mais saudáveis têm até 31% menos chances de desenvolver obesidade e depressão.
Outro ponto importante é que esses alimentos são formulados para estimular o consumo excessivo, dificultando a saciedade e gerando impactos silenciosos como fome precoce e menor rendimento escolar, que podem resultar em custos futuros com saúde.
Para ajudar a melhorar a qualidade da alimentação, Danielle Toledo recomenda algumas mudanças simples: fazer uma troca por semana, evitar corredores de ultraprocessados, priorizar alimentos frescos e com poucos ingredientes, substituir refrescos em pó por sucos naturais e salgadinhos por pipoca caseira, além de investir em feiras e preparar refeições em casa. Ela também ressalta a importância da educação alimentar para que a população aprenda a ler rótulos, planejar cardápios e cozinhar com autonomia.
Essas orientações são essenciais para transformar os hábitos alimentares e promover uma vida mais saudável, especialmente para as mulheres que buscam equilíbrio entre saúde, beleza e bem-estar no dia a dia.
Este conteúdo foi elaborado com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



