Por que os oceanos precisam ser prioridade nas negociações climáticas da COP30
Em Belém, a Oceana destaca o papel vital dos oceanos para enfrentar a crise climática global
Com dados da assessoria de imprensa, a Oceana, maior organização dedicada exclusivamente à conservação dos oceanos, reforça a importância de colocar os oceanos no centro das negociações climáticas durante a COP30, realizada em Belém (PA). O evento busca ampliar o debate sobre o papel fundamental dos oceanos, que são o maior regulador climático do planeta, mas que ainda são negligenciados nas discussões globais.
Segundo Ademilson Zamboni, diretor geral da Oceana no Brasil, “o oceano é nosso maior aliado na luta contra mudanças do clima, mas tem sido deixado de lado como parte das soluções – o que explica que sequer é tema de qualquer negociação em curso. Mas a COP30 também é uma oportunidade de mudar isso.” Ele destaca que, pela primeira vez, a conferência conta com uma enviada especial para a agenda oceânica, o que representa um avanço para que o tema ganhe espaço nas ações climáticas futuras. “Esse processo não pode se encerrar em Belém e precisa ser ampliado ainda mais nas próximas conferências, afinal não há solução climática sem o oceano.”
Durante a COP30, a Oceana lançará o documento “Recomendações para Tomadores de Decisão – Caminhos para pescarias resilientes às mudanças climáticas no Brasil”. O material traz ações prioritárias, baseadas em ciência, para preparar as pescarias brasileiras aos desafios impostos pela emergência climática. Além disso, a organização promoverá debates sobre temas como o combate à poluição marinha por plásticos, justiça social, protagonismo das mulheres pescadoras e políticas públicas relacionadas aos ecossistemas marinhos em discussão no Congresso Nacional.
A Oceana também integra a “Coalizão COPMar – De Nice a Belém”, que reúne organizações da sociedade civil e representantes dos povos do mar. O manifesto da coalizão reivindica o reconhecimento do papel essencial dos ecossistemas marinhos e costeiros na regulação do clima, valorizando as populações que vivem e dependem desses territórios.
A programação da Oceana na COP30 inclui eventos como a “Estratégia Nacional Oceano Sem Plástico: mais um Chamado à Ação Climática” no dia 16 de novembro, e o painel “O futuro da pesca frente às mudanças climáticas” no dia 17, onde será lançado o documento de recomendações para pescarias resilientes. Também estão previstas rodas de conversa sobre políticas públicas oceânicas e o protagonismo das mulheres pescadoras na formulação dessas políticas, reforçando a importância da justiça social e da participação feminina nas decisões ambientais.
A Oceana atua com base na ciência para recuperar a abundância dos oceanos e garantir a saúde da biodiversidade marinha, influenciando políticas públicas em países que controlam mais de um quarto da pesca mundial. Suas campanhas já resultaram em mais de 325 vitórias contra a sobrepesca, destruição de habitats e poluição, protegendo espécies ameaçadas como tartarugas, baleias e tubarões. Um oceano saudável pode garantir uma fonte nutritiva de pescados para 1 bilhão de pessoas diariamente, para sempre.
Este momento na COP30 é crucial para que o oceano deixe de ser coadjuvante nas negociações climáticas e se torne protagonista nas soluções para a crise ambiental global. Afinal, proteger os oceanos é proteger a vida no planeta.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



