Dia Mundial da Pneumonia: como as mudanças climáticas agravam os casos em crianças
Entenda a importância da vacinação e prevenção para proteger os pequenos nesta data de conscientização
No dia 12 de novembro, celebra-se o Dia Mundial da Pneumonia, uma data dedicada a conscientizar sobre a gravidade dessa infecção pulmonar, que é uma das principais causas de morte no mundo, especialmente entre crianças. Segundo dados recentes, a pneumonia representa a maior causa de óbitos por doença infecciosa em menores de 5 anos, com mais de 700 mil crianças perdendo a vida anualmente.
No Brasil, a situação também é preocupante. Em 2024, cerca de 118 mil mortes foram registradas por pneumonia, com idosos e crianças pequenas sendo os grupos mais vulneráveis. O aumento de 30% nos casos, principalmente na região Sudeste, reflete a necessidade urgente de atenção e prevenção. Durante o outono e inverno de 2025, só no estado de São Paulo, foram contabilizadas cerca de 68 mil hospitalizações por pneumonia em menores de 5 anos.
Especialistas do Sabará Hospital Infantil destacam que os principais agentes causadores da pneumonia são vírus respiratórios como o vírus sincicial respiratório (VRS) e o influenza. A vacinação é uma ferramenta essencial para a prevenção. A vacina contra influenza está disponível gratuitamente pelo SUS para crianças a partir dos 6 meses e para gestantes, que protegem o bebê até que ele possa ser vacinado. A partir de novembro de 2025, as gestantes também poderão receber a vacina contra o VRS pelo SUS, medida que já mostrou eficácia de 80% na prevenção de casos graves em bebês até três meses.
Além dos vírus, o pneumococo é a bactéria mais frequente nas pneumonias bacterianas, responsável por 28% dos casos. O monitoramento dos sorotipos circulantes é fundamental para orientar os programas de vacinação e tratamento. No entanto, a resistência crescente do pneumococo aos antibióticos complica o tratamento e pode aumentar a necessidade de internações.
Outro fator que contribui para o aumento dos casos é a poluição ambiental e as mudanças climáticas. Ambientes fechados durante as estações mais frias facilitam a transmissão de vírus e bactérias. Estima-se que cerca de 2 bilhões de crianças vivam em áreas com níveis de poluição acima do recomendado, o que agrava a saúde respiratória. O tabagismo passivo também é um risco importante.
Para além da vacinação, a prevenção da pneumonia inclui práticas como o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses, alimentação saudável e atividades físicas ao ar livre, que fortalecem o sistema imunológico e ajudam a reduzir a exposição à poluição doméstica.
“Quase todas as mortes por pneumonia são evitáveis. As vacinas não conseguem acabar com a pneumonia infantil, mas podem evitar as pneumonias graves, que levam a internações”, ressalta a Dra. Maria Helena Bussamra, pneumologista do Sabará Hospital Infantil.
Com dados da assessoria de imprensa do Sabará Hospital Infantil, este alerta reforça a importância de medidas preventivas para proteger a saúde das crianças, especialmente em um cenário de mudanças climáticas e desafios ambientais crescentes. A conscientização e o cuidado são essenciais para garantir um futuro mais saudável para os pequenos.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



