Ativista mineira de 13 anos representa juventude brasileira na COP-30 em Belém

Com apenas 13 anos, a jovem ativista mineira Júlia Bonitese foi oficialmente convidada para representar o Brasil na COP-30, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontecerá em Belém (PA). Júlia terá uma participação de destaque no painel “Diálogo Intergeracional de Alto Nível sobre Crianças e Clima”, marcado para o dia 17 de novembro, dentro da Zona Azul — área exclusiva para embaixadores, autoridades e líderes globais. Essa participação marca um momento histórico para a representatividade infantojuvenil brasileira no debate climático internacional.

Fundadora do projeto Pequenos Protetores do Planeta, Júlia atua como ativista ambiental desde os 8 anos, defendendo os direitos de crianças e adolescentes na agenda climática. Ela é Embaixadora da Justiça Climática pela Plant-for-the-Planet Brasil, consultora da Child Rights Connect, organização internacional ligada à ONU, e membro da Rede Primeira Infância de Minas Gerais. Seu trabalho inclui ações presenciais como palestras, plantios e campanhas, além do programa “Papo Natural” no YouTube, onde entrevista especialistas sobre temas como preservação, sustentabilidade e participação cidadã.

Júlia também tem forte atuação em espaços políticos, participando de fóruns e câmaras legislativas para garantir o direito de voz das crianças. Entre suas contribuições está a elaboração e apresentação da “Declaração das Juventudes de Belo Horizonte pelo Clima” na Câmara Municipal, além de sua participação no evento nacional “Crianças e Jovens Rumo à COP-30”, em Brasília. Reconhecida como uma das principais vozes da juventude ambiental no Brasil, Júlia já recebeu dois prêmios nacionais e um internacional, incluindo o Prêmio Hugo Werneck de Sustentabilidade — o mais importante do país na área — e o título de Embaixadora Regional da América Latina e Caribe pela Plant-for-the-Planet Global.

Na COP-30, a jovem ativista apresentará uma fala focada em educação ambiental, redução das desigualdades e responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e cidadãos. Sua mensagem central ressalta o protagonismo das crianças e jovens como agentes de mudança, e não apenas como vítimas da crise climática. “Meu sonho é que as decisões sobre o clima também considerem a voz das crianças. Somos nós que viveremos as consequências do que está sendo decidido agora”, afirma Júlia.

Para ela, a escola é fundamental na formação das crianças e adolescentes, pois é por meio da educação que o conhecimento se transforma em consciência e ação. Júlia concilia os estudos com seus projetos socioambientais, mostrando que é possível aprender e agir sem abrir mão da infância. Apesar do reconhecimento e da relevância global, Júlia destaca que seu projeto deve ser coletivo e deseja expandi-lo para alcançar mais crianças e jovens em diferentes territórios. “É preciso conhecer para desejar proteger — esse é o lema do meu projeto. E por isso eu desejo chegar a mais e mais crianças e jovens a cada dia, para que eles tenham a chance de conhecer os problemas climáticos e se identificarem como solução. Juntos somos força!”, declara.

No entanto, Júlia enfrenta desafios para ampliar suas ações presenciais e o programa “Papo Natural”, que está temporariamente parado devido aos custos de estúdio e edição. “Tudo tem um custo e nem sempre dá pra fazer tudo o que eu planejo. O Papo Natural está parado por causa dos gastos com estúdio e edição, mas o projeto tem muito potencial. Nele eu dou voz a outras crianças e levo conhecimento sem fronteiras. É só entrar no YouTube”, explica.

Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa, destacando a importância da participação juvenil no enfrentamento das mudanças climáticas e o papel fundamental da educação ambiental para um futuro sustentável.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA