Transplante Capilar 2.0: quando as próprias células fazem o cabelo renascer
Terapias celulares autólogas prometem estimular folículos adormecidos e transformar o tratamento da calvície
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Feito com dados da assessoria de imprensa.
Uma nova fase da medicina capilar foi apresentada no 33º Congresso Mundial da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS), em Berlim. Segundo o tricologista Dr. Daniel Amadeu (CRM 80478-MG), a inovação que já é chamada de “transplante capilar do futuro” utiliza terapias celulares autólogas — ou seja, células do próprio paciente — para reativar o crescimento dos fios.
“Durante décadas, o transplante capilar evoluiu com técnicas mais precisas e resultados mais naturais, mas agora entramos em uma nova era a era das células que regeneram o cabelo”, explica o especialista, que acompanhou o evento. A técnica consiste em retirar uma pequena amostra do couro cabeludo, isolar e cultivar em laboratório células da papila dérmica e da bainha radicular externa, e depois reimplantá-las nas áreas com rarefação. Nas palavras do médico, “essas células têm o poder de reativar folículos adormecidos e até regenerar regiões que antes eram consideradas perdidas”.
Os estudos apresentados no congresso, reunindo pesquisas conduzidas em países como Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, apontam aumento de densidade e espessura capilar em poucos meses, sem a necessidade de novas cirurgias. O painel “Autologous, Cultured Dermal Papilla and Dermal Root Sheath Cell Injection for Hair Restoration” destacou que o método é minimamente invasivo e pode complementar o transplante tradicional — especialmente para pacientes com área doadora limitada. “Além disso, o tempo de recuperação é muito menor, e o procedimento pode ser indicado até para homens jovens que ainda não são bons candidatos à cirurgia”, afirma Dr. Daniel Amadeu.
A abordagem reflete uma tendência maior da medicina: a transição da restauração para a regeneração — estimular o próprio organismo a se reparar em vez de apenas substituir o perdido. No caso da alopecia androgenética, tipo mais comum de queda de cabelo causada pela ação da testosterona em folículos geneticamente sensíveis, a condição atinge mais de 80% dos homens e 40% das mulheres em algum momento da vida. As pesquisas sobre terapia celular avançam e o Brasil deve iniciar ensaios clínicos nos próximos anos, segundo o médico.
Embora os resultados sejam promissores e representem “uma esperança real”, a técnica ainda está em fase de pesquisa; questões éticas, regulatórias e logísticas precisam ser debatidas antes da disponibilidade ampla. Ainda assim, especialistas consideram esse avanço um possível divisor de águas na recuperação da densidade capilar e da autoestima de milhões de pessoas.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



