Necrose e deformidades após cirurgias: especialista aponta erro técnico e excesso de procedimentos
Caso em Florianópolis terminou com condenação do médico; ex-presidente da SBCP explica limites de segurança e riscos do tempo cirúrgico
O:
Este texto foi elaborado com dados da assessoria de imprensa.
O sonho do corpo perfeito tornou-se pesadelo para uma mulher de 40 anos que apresentou necroses extensas e deformidades permanentes após submeter-se a várias cirurgias plásticas realizadas em um único dia, em Florianópolis. Segundo a reportagem da assessoria, o procedimento durou cerca de 12 horas e resultou em internação prolongada por complicações. O médico responsável, Marcelo Evandro dos Santos, foi condenado por lesões corporais graves e recebeu pena de cinco anos de prisão, conforme decisão da Justiça de Santa Catarina.
Para o Dr. Luiz Haroldo Pereira, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o caso exemplifica falhas técnicas e falta de critérios de segurança. “Não é aceitável fazer 12 ou 15 cirurgias em um único paciente. Normalmente, podem ser feitas duas ou três, dependendo da estrutura hospitalar, da equipe e do tempo total de operação. O que não pode acontecer é ultrapassar o tempo seguro e colocar o paciente em risco”, afirma o especialista.
O tempo cirúrgico prolongado e a técnica inadequada foram destacados como principais fatores de risco. “Uma cirurgia feita até quatro horas, em hospital, com anestesista e exames atualizados, é segura. Acima disso, o risco cresce muito”, explica Dr. Luiz Haroldo. Sobre lipoaspiração, ele observa que “o limite seguro é retirar até 7% do peso corporal em gordura, sempre respeitando a anatomia. Quando o profissional tenta exagerar no contorno, retira gordura demais ou faz enxertos de forma inadequada, o resultado deixa de ser estético e passa a ser destrutivo. Não existe beleza em uma cirurgia mal planejada”, diz.
O médico reforça que o episódio não deve ser tratado como risco cirúrgico inevitável. “Risco cirúrgico é algo imprevisível, que pode ocorrer mesmo com todos os cuidados. É como andar de avião: é super seguro se todas as precauções forem tomadas, mas uma fatalidade pode acontecer. O que aconteceu aqui não é isso. É erro técnico. Tempo exagerado, excesso de procedimentos e falta de domínio da técnica. Isso é evitável”, afirma.
As sequelas podem ser permanentes: quando a gordura é retirada em excesso, a pele pode ficar colada na musculatura e perder capacidade de regeneração, deixando cicatrizes e deformidades difíceis de reverter. A escolha do cirurgião e do hospital, bem como a confirmação de critérios de segurança — como atendimento por profissional membro da SBCP, estrutura hospitalar adequada e equipe completa com anestesista —, são pontos essenciais para reduzir riscos em cirurgias plásticas.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



