ANS abre consulta pública para avaliar novo tratamento contra mielofibrose com anemia
População pode opinar até 24/11 sobre inclusão de terapia inovadora no rol dos planos de saúde
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A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) abriu a consulta pública nº 163 (UAT nº 176) para avaliar a possível incorporação de um novo tratamento ao rol de coberturas obrigatórias dos planos de saúde. A iniciativa, divulgada em novembro de 2025, visa ampliar o acesso à terapia indicada para adultos com mielofibrose de risco intermediário ou alto que apresentam anemia, incluindo formas primária e secundária da doença.
A mielofibrose é um câncer hematológico raro que afeta majoritariamente pessoas com 65 anos ou mais e provoca sintomas que prejudicam muito a qualidade de vida, como fadiga intensa, dor óssea, sudorese noturna, esplenomegalia e alterações no hemograma. A anemia é uma das complicações mais frequentes e incapacitantes: cerca de 44% dos pacientes já apresentam anemia moderada a grave no diagnóstico, e quase todos desenvolvem a condição ao longo do tempo, muitos tornando-se dependentes de transfusões sanguíneas.
O tratamento em avaliação é descrito como o primeiro e único aprovado no Brasil com indicação específica para mielofibrose e anemia. Ele atua com mecanismo duplo — inibindo as quinases JAK1/JAK2 e o receptor ACVR1 — e, segundo os estudos citados, promove controle dos sintomas constitucionais, redução da esplenomegalia, melhora significativa da anemia e diminuição da necessidade de transfusões. A aprovação regulatória teve como base ensaios clínicos de fase III que demonstraram esses benefícios.
“A mielofibrose causa grande impacto na vida dos pacientes, principalmente por conta da fadiga e da anemia, que muitas vezes os obrigam a reduzir o trabalho ou até se aposentar mais cedo. Isso traz grande impacto financeiro para seus núcleos familiares. Muitos precisam de transfusões frequentes, o que além de riscos para a saúde (entre eles, reações alérgicas, sobrecarga para o coração e lesões nos pulmões) sobrecarrega emocionalmente as famílias e financeiramente o sistema de saúde. Este novo tratamento é o único disponível no Brasil com dados que mostram melhora da anemia e redução da dependência de transfusões, trazendo mais qualidade de vida e autonomia para os pacientes”, afirma a hematologista Dra. Cristiana Solza, Professora Titular de Hematologia e Hemoterapia da UERJ.
A consulta pública fica aberta até 24 de novembro de 2025. Pacientes, familiares, profissionais de saúde e a sociedade podem acessar o portal da ANS, ler o relatório COSAÚDE e enviar contribuições pela página dedicada à consulta. Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa. Por favor, consulte seu médico.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



