Médicos em formação: aumento de 554% de estudantes 35+ mostra nova tendência
Mais brasileiros reaprendem, reinventam carreiras e escolhem medicina na maturidade — dados e relatos da assessoria de imprensa
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Segundo dados divulgados pela assessoria de imprensa, a participação de estudantes de medicina com 35 anos ou mais cresceu 554% entre 2013 e 2023, mostrando uma mudança significativa no perfil dos calouros. A pesquisa da Faculdade de Medicina da USP aponta que, em dez anos, a fatia desse grupo passou de 2,6% para 7,1% do total de matriculados. O fenômeno acompanha ainda o crescimento geral das matrículas entre pessoas com mais de 40 anos, que subiram 109% entre 2012 e 2022, conforme o Censo da Educação Superior.
O relato de Fernanda Assayg, de 49 anos, ilustra esse movimento. Fonoaudióloga com carreira consolidada, ela afirma: “Entendi a medicina não como mudança de carreira, mas como uma evolução”. A experiência prévia, diz Fernanda, “é um acúmulo que agora se integra à medicina”. Ela se forma este ano e representa uma geração que busca qualificação na maturidade, motivada por realização pessoal e novas perspectivas profissionais.
Na Faculdade São Leopoldo Mandic, onde esses estudantes já correspondem a 10% do corpo discente de medicina — percentual superior à média nacional — o coordenador Dr. Guilherme Succi destaca o impacto dessa maturidade nas salas de aula. “Eles chegam com bagagem de vida, experiência profissional em outras áreas e uma determinação que inspira os mais jovens”, observa. Succi também ressalta desafios: a necessidade de retomar a disciplina de estudos, enfrentar vestibulares concorridos e lidar com a “pressão do relógio biológico”, já que muitos terão carreiras mais curtas que as de colegas mais jovens.
O contexto demográfico ajuda a explicar a tendência. Com a expectativa de vida chegando a 76,4 anos, segundo o IBGE, a possibilidade de exercer atividades profissionais por mais tempo reconfigura planos de vida e abre espaço para trajetórias múltiplas. Para Succi, a medicina atrai profissionais vindos de áreas saturadas ou sem desafios, oferecendo tanto realização quanto estabilidade financeira.
O balanço é claro: a diversidade etária enriquece o aprendizado e pode transformar a relação entre cidadãos e profissionais de saúde nas próximas décadas. Como resume Fernanda: “Acho que sonhos são para ser vividos. Nossa escolha profissional da adolescência não deve ser uma sentença de vida. A medicina é tão ampla e complexa, ela precisa de todos os tipos de pessoas.” Dados e depoimentos aqui citados foram fornecidos pela assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



