Dança sueca: segredos, música clássica e uma voz sem gênero no centro da trama
Romance de Vera Saad entrelaça memórias familiares, racismo intrafamiliar e homoafetividade em uma narrativa em movimento
O:
Este post foi produzido com dados da assessoria de imprensa.
Em “Dança sueca”, a escritora e doutora em Comunicação e Semiótica Vera Saad constrói um romance que nasce de um encontro casual e se desdobra em uma teia de segredos capazes de transformar vidas. A narrativa, conduzida por um narrador sem gênero definido, está dividida em três partes — Dueto, Ciranda e Quadrilha — e se organiza como uma dança, alternando vozes, tempos e perspectivas para mostrar que ninguém dança sozinho: os personagens se entrelaçam em laços de afeto e dor.
A música clássica, especialmente a obra do compositor alemão Max Bruch, atravessa o livro como fio condutor e metáfora. Para a autora, a música “pode atravessar gerações, famílias e até preconceitos” e, no romance, funciona tanto para unir quanto para expor feridas. Temas delicados como racismo intrafamiliar e homoafetividade aparecem na obra como parte da experiência das personagens — não como eixo único da trama — em uma abordagem que privilegia os segredos e suas consequências: “O romance não é sobre o racismo ou sobre a homofobia, embora esses temas estejam presentes. Ele é, antes de tudo, sobre segredos que, quando revelados, abalam estruturas e relações”.
A protagonista Birá, concebida desde 2011 pela autora, representa uma recusa aos rótulos de gênero e uma afirmação de liberdade. Vera Saad questiona a exigência social de justificativas íntimas: “Ainda hoje acho um absurdo uma pessoa ter que prestar contas para quem quer que seja sobre algo que só deve dizer respeito a ela”. Esse incômodo pessoal com estereótipos — e com a persistente visão “sob o prisma do homem branco hétero” — alimenta a peça central do romance.
Influenciada por uma “tríade” literária brasileira — Márcia Denser, Elvira Vigna e Adriana Lisboa — e com referência a Milton Hatoum, Vera constrói personagens complexos que fogem de papéis fixos. O livro foi selecionado para o projeto Tutoria da Casa das Rosas e recebeu menção honrosa no Concurso Internacional de Literatura UBE-RJ. “Dança sueca” também dialoga com memórias familiares da autora, como a história de sua bisavó, e convida o leitor a refletir sobre como preconceitos se enraízam dentro de laços que deveriam proteger.
Adquira “Dança sueca” pelo site informado pela assessoria de imprensa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



