ABCD lança ação por consciência digital e alerta para subnotificação do cyberbullying

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A Ação Brasileira para Consciência Digital (ABCD) foi lançada em 4 de novembro de 2025, em São Paulo, com a proposta de articular instituições nacionais e internacionais na proteção, conscientização e defesa de crianças e adolescentes no mundo digital. O post foi produzido com dados da assessoria de imprensa.

O evento de lançamento, realizado no Centro Brasileiro Britânico, reuniu a diretoria da ABCD e representantes de organizações parceiras. Entre os presentes esteve a espanhola Ana Caballero, vice-presidente da Associação Europeia para a Transição Digital (AETD), que trouxe experiências sobre avanços regulatórios na Comunidade Europeia. A ABCD pretende atuar em campanhas educativas, mobilização e capacitação de pais, educadores, escolas e poder público, além de incentivar pesquisas sobre cidadania digital e defender políticas públicas.

Foram apresentados resultados inéditos de pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) e pela ABCD, que apontam forte subnotificação de casos de cyberbullying no Brasil. Segundo o levantamento, “um em cada cinco brasileiros afirma ter em suas famílias ao menos uma criança ou adolescente vítima de bullying – virtual ou presencial – nos últimos 12 meses”, o que corresponderia a pelo menos 34,4 milhões de vítimas. A pesquisa também indica que aproximadamente 5% da população (8,6 milhões de pessoas) conhece crianças ou adolescentes vítimas de “desafios” violentos em plataformas digitais, como práticas de automutilação e incitação à violência. O estudo foi realizado entre 2 e 6 de junho de 2025 e ouviu 2.007 pessoas.

No lançamento, Christina Carvalho Pinto, diretora da ABCD, ressaltou a urgência de envolver pais e cuidadores: “é urgente despertar pais e cuidadores dessa ilusão de que crianças e adolescentes, quando estão dentro de casa, estão seguros… Meu recado inicial é simples e direto: se você quer liderar sua vida, comece liderando seu celular. Só a mudança de hábito – a começar pelos adultos – abrirá as portas para uma nova realidade, saudável e segura”.

Luís Henrique Amaral, diretor-executivo da ABCD, explicou que os dados justificam a criação da entidade: “Os dados levantados pela pesquisa evidenciam que não somente o bullying, mas diversos outros crimes digitais… são crimes que atingem cada vez mais crianças e adolescentes em todo o Brasil.” A psicóloga Fernanda Rizzo di Lione destacou a necessidade de diálogo e novas estratégias para lidar com os impactos emocionais e comportamentais do uso de tecnologias entre jovens.

A ABCD atuará em quatro pilares, concentrados em três eixos: Proteção à Infância e Adolescência, Regulação e Futuro Ético, buscando transformar dados e debates em ações concretas para tornar o ambiente digital mais seguro.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA