De quadra ao campo: craque do vôlei sentado mira Los Angeles-2028 no atletismo
Após 19 anos na seleção, Nathalie Filomeno se despede do vôlei sentado e busca nova trajetória no arremesso de peso e disco
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Feito com dados da assessoria de imprensa.
Nathalie Filomeno, referência do vôlei sentado no Brasil, vive um momento de transição na carreira: depois de 19 anos na seleção e um currículo repleto de conquistas, a atleta de Sorocaba prepara-se para encerrar a fase nas quadras e apostar no atletismo. A edição 2025 dos Jogos Paralímpicos do Estado de São Paulo (Paresp) deve marcar a despedida de Nathalie no vôlei sentado, modalidade que a acompanha desde a infância e da qual foi pioneira no país.
Portadora de lesão do plexo braquial, Nathalie conheceu o vôlei aos 8 anos e, em 2006, aos 15, ingressou na seleção brasileira de vôlei sentado. Ela define a modalidade como parte essencial da sua identidade: “O vôlei é a minha paixão, é parte da minha identidade. Ele me ensinou disciplina, trabalho em equipe e resiliência. Graças ao vôlei viajei para países que eu sonhava visitar, como Japão, Rússia, Holanda, Estados Unidos e França, e tive o privilégio de conhecer atletas como a Fabi [ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei] e o Ronaldinho Gaúcho.”
Ao longo da carreira, Nathalie colecionou títulos importantes: campeã mundial em Sarajevo (2022), prata nos Jogos Parapan-Americanos de Toronto-2015 e Lima-2019, e bronze nas Paralimpíadas do Rio-2016 e Tóquio-2020. Ela lembra também da evolução da modalidade no Brasil: “Nos últimos 20 anos o vôlei sentado evoluiu muito no Brasil em termos de visibilidade e apoio. Passamos a ter mais competições organizadas, melhor infraestrutura e uma percepção social mais positiva sobre o esporte para pessoas com deficiência.”
Em janeiro de 2025 iniciou a transição para o atletismo, especializando-se no arremesso de peso e no lançamento de disco — nesta última prova, tem a terceira melhor marca do país na classe F38, com 25,70m. Nathalie explica a motivação pela mudança: “O atletismo oferece uma diversidade de provas e a possibilidade de me dedicar a competições que também valorizam a superação pessoal e os limites físicos, algo que sempre me motivou”. O objetivo é claro: estar em Los Angeles-2028 e disputar sua quinta edição paralímpica.
Conciliar as duas modalidades não está nos planos; a agenda do vôlei deve ser encerrada em dezembro. A prata no Paresp 2025 provavelmente selou a despedida das quadras, competição que ela considera crucial para manter o alto nível de performance. Apesar de já desejar competir no atletismo este ano, uma lesão na mão impediu a participação imediata, reforçando a necessidade de planejamento para essa nova etapa.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



