Pesquisa revela que meninas são as principais vítimas de violência nas escolas brasileiras
Estudo inédito aponta desafios na prevenção e no combate à violência de gênero no ambiente escolar
Uma pesquisa inédita intitulada “Livres para Sonhar? Percepções da comunidade escolar sobre violência contra meninas” trouxe à tona dados preocupantes sobre a violência baseada em gênero (VBG) nas escolas brasileiras. Realizada pela organização social Serenas, a pesquisa buscou compreender como estudantes, professores e gestores percebem, vivenciam e respondem a essas situações, além de identificar práticas de prevenção já existentes e apontar lacunas estruturais que dificultam a criação de ambientes escolares mais seguros e equitativos.
O estudo, que ouviu mais de 1.400 pessoas em todas as regiões do país, revelou que meninas são as principais vítimas de violências dentro das escolas, espaços que deveriam ser protegidos e acolhedores. O nome da pesquisa remete justamente a essa reflexão: meninas e mulheres só estarão verdadeiramente livres para sonhar quando estiverem livres das violências que ocorrem nesses ambientes.
Entre as questões que guiaram a pesquisa, destacam-se: como estudantes percebem a violência de gênero na escola? Como professores e gestores reconhecem essas situações? E quais ações o sistema educacional pode implementar para fortalecer a prevenção e o acolhimento? Os resultados apontam para dificuldades tanto no reconhecimento das situações de VBG quanto na efetividade das políticas e ações voltadas ao combate dessas violências.
A divulgação oficial dos dados será realizada em um evento no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, no dia 3 de novembro de 2025, com a participação de especialistas em educação, gênero e comportamento. O debate será mediado pela educadora e psicanalista Carolina Delboni e contará com a presença de lideranças como Luciana Temer, presidente do Instituto Liberta, e o professor Mário Augusto, especialista em educação antirracista.
A Serenas, organização responsável pela pesquisa, atua desde 2021 para prevenir violências baseadas em gênero no Brasil, promovendo educação para prevenção, qualificação de agentes públicos e produção de conhecimento para ampliar o debate público. A iniciativa contou com parcerias importantes, como a Plano CDE, Associação Nova Escola, Instituto Machado Meyer, Instituto Beja e Instituto Liberta.
Este estudo é fundamental para que a sociedade e os agentes públicos possam entender melhor a realidade das violências contra meninas nas escolas e, assim, fortalecer ações que rompam ciclos de violência que atravessam gerações. Afinal, garantir que meninas estejam livres para sonhar é garantir um futuro mais justo e seguro para todas.
Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da Serenas.
 
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA
 
        


