Movimento humano supera em 40 vezes o da vida selvagem, alerta estudo inovador

Pesquisa revela impacto do deslocamento humano sobre ecossistemas e declínio da fauna selvagem

Um estudo recente do Instituto Weizmann de Ciências, em Israel, publicado na revista Nature Ecology & Evolution, revela dados impressionantes sobre o impacto do deslocamento humano no planeta. Segundo a pesquisa, o movimento dos seres humanos hoje é 40 vezes maior do que o de todos os mamíferos, aves e artrópodes selvagens somados. Essa constatação, inédita, foi obtida ao quantificar o “movimento de biomassa” — uma métrica que combina o peso total de cada espécie com a distância percorrida por seus indivíduos em um ano.

Os pesquisadores destacam que desde a Revolução Industrial, o deslocamento humano aumentou de forma vertiginosa, enquanto o movimento dos animais na natureza diminuiu drasticamente, ameaçando o equilíbrio dos ecossistemas. Cerca de 65% do movimento humano ocorre por meio de carros e motocicletas, 10% por aviões, 5% por trens e 20% a pé ou de bicicleta. Curiosamente, o deslocamento humano apenas ao caminhar é seis vezes maior que o de toda a fauna selvagem terrestre.

Em média, cada pessoa percorre cerca de 30 quilômetros por dia, superando até mesmo as aves migratórias, enquanto os mamíferos terrestres se deslocam em média apenas 4 km diários. “Costumamos nos impressionar com as grandes migrações na natureza, mas mesmo os maiores deslocamentos de animais na África não se comparam ao movimento humano em eventos como uma Copa do Mundo”, afirma o biólogo Ron Milo, líder do estudo.

Outro dado alarmante é o crescimento da biomassa de animais domesticados, que aumentou 400% nos últimos dois séculos, enquanto a biomassa de mamíferos selvagens despencou 70%. Em artigo complementar publicado na Nature Communications, os cientistas estimam que desde 1850 o peso total de mamíferos selvagens caiu de 200 milhões para apenas 60 milhões de toneladas. No mesmo período, a biomassa humana cresceu cerca de 700%, e a de animais domesticados, como bovinos e suínos, atingiu 1,1 bilhão de toneladas.

“Esses números evidenciam o quanto a humanidade passou a dominar o planeta e como é difícil reverter os danos causados”, explica Milo. Ele ressalta que, mesmo com a proibição da caça comercial de baleias há 40 anos, a recuperação das populações marinhas tem sido parcial e lenta.

Além disso, o declínio no movimento animal é um sinal de alerta para o funcionamento dos ecossistemas, que dependem da circulação das espécies para manter suas funções naturais. “Sabemos hoje que a mobilidade dos animais é essencial para a saúde dos ecossistemas. O encolhimento desses fluxos é um aviso de que estamos desequilibrando o sistema como um todo”, alerta o pesquisador Yuval Rosenberg, co-autor do estudo.

Este estudo, divulgado pela assessoria de imprensa do Instituto Weizmann, reforça a urgência de repensarmos nossa relação com o meio ambiente e os impactos do avanço humano sobre a vida selvagem e a natureza. A mobilidade humana, embora essencial para o desenvolvimento, traz consequências profundas que afetam a biodiversidade e o equilíbrio dos ecossistemas do planeta.

Para acompanhar mais pesquisas e informações sobre ciência e meio ambiente, fique atenta às atualizações do Instituto Weizmann e outras fontes confiáveis. Cuidar da natureza é também cuidar da nossa saúde e qualidade de vida.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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