Como o congelamento de óvulos preserva a fertilidade após o câncer

Entenda a importância da criopreservação para mulheres que enfrentam o tratamento oncológico

O Outubro Rosa pode estar chegando ao fim, mas o cuidado com a saúde da mulher, especialmente no que diz respeito à preservação da fertilidade após o diagnóstico de câncer, deve ser uma pauta constante. Dados fornecidos por assessoria de imprensa destacam que o congelamento de óvulos é uma alternativa essencial para mulheres que desejam manter a possibilidade de engravidar após o tratamento oncológico.

O tratamento contra o câncer, como a quimioterapia e a radioterapia, pode comprometer a função ovariana, colocando em risco a fertilidade feminina. Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), aproximadamente 50% das pacientes em idade fértil submetidas à quimioterapia correm risco de infertilidade permanente. A especialista em reprodução assistida, Dra. Maria Cecília Erthal, explica que “a fertilidade feminina está diretamente ligada à reserva ovariana, que naturalmente diminui com a idade. No entanto, quando submetida às drogas quimioterápicas, essa reserva pode ser comprometida de forma irreversível. Por isso, a criopreservação dos óvulos antes do início do tratamento é fundamental para oferecer à paciente uma alternativa viável para a gravidez no futuro.”

O procedimento de congelamento de óvulos envolve a estimulação ovariana com hormônios para induzir a produção de múltiplos folículos, que são coletados por punção ovariana e congelados por vitrificação, um método que preserva a qualidade dos óvulos. “Existem protocolos específicos de medicações para esse tipo de estimulação na paciente oncológica, que não interferem na evolução da doença, o que oferece tranquilidade ao oncologista em relação ao prognóstico da paciente”, destaca a especialista. Além disso, o processo é rápido, geralmente concluído em cerca de duas semanas, e não atrasa o início do tratamento contra o câncer.

A taxa de sucesso do procedimento está relacionada à idade da paciente no momento da coleta. Conforme a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), mulheres mais jovens podem alcançar até 60% de chances de concepção utilizando óvulos congelados, com essa probabilidade diminuindo conforme o avanço da idade.

Apesar da eficácia comprovada, o acesso ao congelamento de óvulos ainda enfrenta barreiras, principalmente financeiras, já que a cobertura pelos planos de saúde não é obrigatória em muitos casos. Contudo, uma recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que operadoras devem custear a criopreservação para pacientes oncológicas até o fim do tratamento de quimioterapia, representando um avanço importante para ampliar o acesso a essa opção.

A informação no momento do diagnóstico é crucial. “A preservação da fertilidade deve ser abordada logo no diagnóstico. Muitas pacientes sequer sabem que essa possibilidade existe, e é nosso papel como médicos garantir que todas as alternativas sejam apresentadas”, reforça Dra. Maria Cecília Erthal. Com os avanços na oncologia e na reprodução assistida, o sonho da maternidade após o câncer torna-se cada vez mais possível, devolvendo às mulheres um senso de controle sobre seu futuro reprodutivo.

Vencer o câncer não significa abrir mão do desejo de ser mãe — e essa conquista merece ser celebrada.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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