Vacinas de RNA mensageiro podem potencializar imunoterapia em câncer, revela estudo

Pesquisa indica que vacinas contra Covid-19 fortalecem resposta imunológica em pacientes com câncer de pulmão e melanoma

Um estudo recente trouxe uma nova perspectiva sobre o papel das vacinas de RNA mensageiro (RNAm), utilizadas contra a Covid-19, no tratamento de pacientes com câncer. Dados preliminares indicam que esses imunizantes podem fortalecer a resposta imunológica, especialmente em casos de câncer de pulmão e melanoma, potencializando os efeitos da imunoterapia.

Segundo o oncologista Breno Jeha, da Oncoclínicas, as vacinas de RNAm funcionam de maneira diferente das tradicionais, pois não utilizam vírus vivos ou fragmentos virais. “Essa mensagem, que chamamos de RNA mensageiro, nada mais é do que um código genético que leva o nosso corpo a produzir a proteína do vírus, que vai ativar o nosso sistema imune para gerar anticorpos contra aquela proteína”, explica o especialista. Essa ativação do sistema imunológico pode ter um efeito complementar ao tratamento oncológico, que também busca estimular o organismo a combater as células tumorais.

Nos tumores de pulmão e melanoma, que respondem bem à imunoterapia, a vacinação com RNAm parece intensificar a resposta imune. “O que percebemos é que nos tumores de pulmão e melanoma, como a gente também usa a imunoterapia, existe, sim, uma aparente associação que a vacinação ativa ainda mais o sistema imune para conseguir então combater esses tipos de tumores”, afirma Jeha. Apesar dos resultados serem promissores, ele ressalta que os dados são preliminares e que novas pesquisas são necessárias para confirmar essa correlação.

Além disso, o estudo sugere uma possível associação entre a vacinação recente com vacinas de RNAm e maior tempo de sobrevida em pacientes que realizam imunoterapia. “O estudo mostra alguns sinais de associação entre maior tempo de sobrevida em pacientes que fizeram imunoterapia e receberam recentemente vacinas de RNAm. Mas é um estudo retrospectivo, que indica uma possível correlação sem confirmá-la”, destaca o oncologista, que reforça a importância de estudos prospectivos para aprofundar o conhecimento sobre essa relação.

Em meio a um cenário de desinformação sobre vacinas, os achados reforçam a importância da imunização em todas as fases da vida, não apenas na infância. “Quando pensamos em vacinação, a primeira imagem que vem à mente é a infância, onde o número de vacinas é maior. Mas na vida adulta também existem imunizações recomendadas que devem ser seguidas. Cada pessoa deve conversar com seu médico para não esquecer essas vacinas, que continuam sendo fundamentais”, lembra Jeha.

Em resumo, além de prevenir infecções, a vacinação com vacinas de RNA mensageiro pode modular o sistema imunológico e potencialmente ajudar no combate ao câncer, abrindo caminho para novas estratégias terapêuticas que combinam imunização e imunoterapia. Contudo, a cautela permanece necessária até que estudos futuros confirmem esses efeitos.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Oncoclínicas.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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