Brasileiros consomem quase o dobro do açúcar recomendado: saiba os riscos para a saúde

Dados recentes da assessoria de imprensa da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo revelam que o brasileiro consome cerca de 80 gramas de açúcar por dia, quase o dobro do limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 50 gramas diárias. O Brasil figura como o quarto maior consumidor mundial de açúcar, o que acende um alerta sobre os riscos associados ao consumo excessivo dessa substância.

Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2018, 85,4% da população brasileira adiciona açúcar em alimentos e bebidas, o que contribui para o consumo elevado. O nutrólogo Daniel Magnoni, da Rede de Hospitais São Camilo e do Instituto de Metabolismo e Nutrição (Imen), destaca que o excesso de açúcar está diretamente relacionado ao aumento da obesidade, ao desenvolvimento do Diabetes Tipo 2 e à desregulação das gorduras no sangue, como o aumento dos triglicerídeos. Esses fatores elevam o risco de doenças cardiovasculares, que são preocupações importantes para a saúde feminina e geral.

O consumo de açúcar no Brasil pode ser dividido em quatro categorias, conforme a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA): o açúcar de mesa (adicionado diretamente em casa), o açúcar in natura presente em frutas, o açúcar natural em alimentos usados como ingredientes em produtos processados (como suco de maçã em sucos industrializados) e o açúcar adicionado nos alimentos processados, que não é natural e é incluído durante a fabricação.

Magnoni explica que a maior parte do consumo vem do açúcar adicionado pelos próprios brasileiros em casa, para adoçar cafés, sucos e outras preparações. No entanto, o aumento do consumo de ultraprocessados e bebidas açucaradas, como refrigerantes e néctares industrializados, agrava ainda mais a situação, pois esses produtos contêm açúcares livres e calorias vazias.

Muitos alimentos do dia a dia, que nem sempre são percebidos como doces, contêm açúcar adicionado. Molhos prontos, como ketchup e molho de tomate, caldos, pães de forma e cereais matinais frequentemente têm açúcar para balancear o sabor e prolongar a validade. Por isso, é fundamental ler a lista de ingredientes nos rótulos para identificar o açúcar, que pode aparecer sob diversos nomes, como xarope de milho, maltodextrina, frutose, sacarose, melado, entre outros.

O nutrólogo reforça que a leitura atenta dos rótulos é a principal ferramenta para evitar o consumo excessivo não intencional. Alimentos com listas curtas e ingredientes reconhecíveis tendem a ser menos processados e mais nutritivos. Além disso, a ordem dos ingredientes indica a quantidade predominante: se açúcar ou gorduras aparecem entre os primeiros, o produto tem baixa densidade nutricional.

Compreender esses aspectos é essencial para promover escolhas alimentares mais saudáveis e reduzir os riscos associados ao consumo excessivo de açúcar, especialmente para as mulheres que buscam manter o bem-estar e a qualidade de vida.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA