WhatsAppinite: saiba como o uso excessivo do celular pode causar tenossinovite no punho
Entenda os sintomas, causas e tratamentos da inflamação que afeta o punho e o polegar devido ao uso intenso do celular
O uso excessivo do celular, especialmente para digitar, pode causar uma condição conhecida como tenossinovite de De Quervain, popularmente chamada de “WhatsAppinite”. Dados da assessoria de imprensa mostram que essa inflamação nos tendões do punho e polegar pode afetar até 70% das pessoas que realizam movimentos repetitivos, como adolescentes e jovens adultos que passam horas no celular.
A tenossinovite de De Quervain é caracterizada pela inflamação e aumento do volume dos tendões que ligam os músculos aos ossos, principalmente na região do punho e do polegar. A fisioterapeuta Walkíria Brunetti explica que essa inflamação provoca um espessamento da bainha sinovial, a estrutura que reduz o atrito entre músculos, ligamentos e ossos. “Em um quadro de tenossinovite, temos um espessamento da bainha e, com isso, acontece uma constrição do tendão durante o deslizamento. O tendão pode parecer travar ou grudar quando o paciente move o polegar”, detalha.
Os sintomas mais comuns incluem dor na base do polegar, que pode se intensificar ao segurar objetos ou realizar movimentos com o punho. A dor pode irradiar para o antebraço e cotovelo, acompanhada de inchaço, sensibilidade ao toque e, em alguns casos, um nódulo palpável na lateral do punho. Também é possível sentir ou ouvir estalos durante o movimento do polegar, causados pelo atrito dos tendões inflamados.
Historicamente, a tenossinovite de De Quervain foi associada a movimentos repetitivos, como os realizados por lavadeiras no século XIX. Atualmente, o uso excessivo do celular é uma das principais causas, dando origem ao termo “WhatsAppinite”. Um caso relatado na Espanha mostrou que uma mulher que passou mais de seis horas digitando mensagens no WhatsApp desenvolveu dores intensas nos polegares, sintomas típicos da doença.
Além do uso intenso de celulares, outras causas incluem trabalhos manuais como costura e tricô, doenças reumatológicas (artrite reumatoide, gota, artrite psoriática) e o pós-parto. O tratamento costuma ser conservador, com medicamentos para dor e inflamação, além de fisioterapia. Técnicas como termoterapia, eletroterapia, ultrassom, laser e acupuntura são usadas para aliviar a dor antes de iniciar exercícios de fortalecimento e alongamento dos músculos das mãos, dedos e punhos.
A mudança de hábitos é fundamental para prevenir novas crises. Reduzir o tempo de uso do celular e dos trabalhos manuais repetitivos, além de manter exercícios diários de alongamento e fortalecimento, são medidas essenciais. “Para fortalecer, é possível usar bolinhas antiestresse ou elásticos para realizar movimentos de abrir e fechar os dedos”, orienta Walkíria.
Com atenção aos sintomas e cuidados adequados, é possível evitar que a “WhatsAppinite” comprometa a qualidade de vida e as atividades do dia a dia.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



