Shutdown nos EUA se aproxima de recorde histórico e afeta processos de imigração

Entenda os impactos da paralisação do governo americano para brasileiros que vivem ou querem imigrar

O shutdown nos Estados Unidos, iniciado em 1º de outubro, está prestes a ultrapassar a marca histórica de 35 dias, registrada entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, e já afeta entre 750 mil e 900 mil servidores públicos federais. Essa paralisação parcial do governo é resultado de um impasse político entre democratas e republicanos no Congresso, que não chegaram a um acordo sobre o orçamento federal.

Segundo o advogado especialista em Direito Internacional e Imigratório Bruno Lossio, o shutdown evidencia um cenário político delicado, que vai além da disputa orçamentária. “A falta de acordo entre as lideranças prioriza agendas partidárias e expõe as fragilidades das instituições”, afirma.

Para brasileiros que vivem, trabalham ou pretendem imigrar para os EUA, a paralisação gera incertezas e atrasos em diversos serviços essenciais. Embora o Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) continue operando, pois é majoritariamente financiado pelas taxas pagas pelos solicitantes, alguns processos podem sofrer lentidão devido à interrupção de serviços complementares em outras agências.

O Departamento do Trabalho (DOL), responsável por emitir certificações necessárias para vistos de trabalho e processos de residência baseados em emprego, como H-1B e EB-3, está temporariamente paralisado. Isso inclui a suspensão do sistema eletrônico FLAG, usado para solicitações como Prevailing Wage, certificações PERM e Labor Condition Applications (LCA). Além disso, o sistema E-Verify, que empregadores americanos utilizam para confirmar a elegibilidade de estrangeiros ao trabalho, está desativado temporariamente.

Apesar disso, agências como o ICE (Imigração e Alfândega) e o CBP (Proteção de Fronteiras) continuam em plena atividade, pois suas funções são consideradas essenciais para a segurança nacional. O ICE também esclareceu que não houve mudanças nas políticas de fronteira e classificou como falsas as alegações de que o shutdown facilitaria a entrada de imigrantes ilegais.

Os serviços consulares, incluindo a emissão de vistos de turismo (B-1/B-2) e de estudante (F-1, J-1), seguem funcionando, mas podem enfrentar atrasos e reagendamentos, especialmente se a paralisação se prolongar. Já os processos conduzidos pelo USCIS dentro dos EUA, como pedidos de ajuste de status e autorizações de trabalho (EADs), tendem a continuar normalmente, embora possam ser impactados indiretamente.

Bruno Lossio orienta que, apesar dos impactos, não há motivo para pânico, mas sim para planejamento. “É importante manter todos os documentos atualizados, acompanhar comunicados oficiais e considerar a possibilidade de atrasos antes de marcar viagens, entrevistas ou prazos profissionais que dependam do status imigratório”, destaca.

Este cenário reforça a necessidade de atenção e organização para quem depende do sistema imigratório americano, especialmente para a comunidade brasileira, que pode enfrentar atrasos e incertezas enquanto o shutdown persistir.

Conteúdo elaborado com dados da assessoria de imprensa.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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