Outubro Rosa 2025: Rio de Janeiro lidera avanço no combate ao câncer de mama hereditário

Lei pioneira e reconhecimento da oncogenética marcam nova era na prevenção e tratamento da doença

Neste Outubro Rosa 2025, a Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Rio de Janeiro (SBM Rio) destaca avanços importantes no combate ao câncer de mama hereditário, que representa cerca de 10% dos casos da doença. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil registra aproximadamente 74 mil novos casos anuais de câncer de mama, dos quais mais de 7 mil têm origem genética, impactando famílias inteiras.

O Rio de Janeiro se tornou pioneiro ao sancionar, em 2024, a lei que institui o Dia de Conscientização do Câncer de Mama Hereditário, celebrado em 21 de outubro. A iniciativa, apoiada pela SBM Rio, é a primeira no mundo a oficializar uma data exclusiva para o tema, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do rastreamento genético. A escolha do dia faz referência direta aos genes BRCA1 e BRCA2, que são protagonistas no debate sobre predisposição hereditária.

Além disso, o reconhecimento oficial da oncogenética como área médica pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Médica Brasileira (AMB) representa um marco histórico para a medicina no país. A oncogenética deixa de ser uma promessa e passa a integrar o presente da prática médica, oferecendo novas ferramentas para prevenção, diagnóstico e tratamento.

A presidente da SBM Rio, Dra. Maria Júlia Calas, ressalta que “o câncer de mama hereditário corresponde a 10% dos casos, mas seu impacto é muito maior porque envolve gerações. Identificar uma mulher em risco é salvar não apenas a vida dela, mas de toda a sua família.” Ela destaca ainda que “a oncogenética deixa de ser futuro: agora é presente, transformando vidas e moldando uma nova era da medicina no Brasil.”

O oncogeneticista Dr. Yuri Moraes explica que mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 são responsáveis por cerca de metade dos casos hereditários. Esses genes atuam como “engenheiros de reparo” do DNA e, quando alterados, aumentam o risco para câncer de mama, ovário, próstata, pâncreas e melanoma. Ele enfatiza que “o rastreamento precoce e as medidas preventivas mudam completamente o prognóstico. Uma mastectomia redutora de risco pode diminuir em até 90% as chances de desenvolver a doença. Hoje, também contamos com medicamentos específicos, como os inibidores de PARP, que abrem novas perspectivas de tratamento.”

Importante destacar que, embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, os homens também devem estar atentos. O risco masculino na população geral é baixo, cerca de 0,1%, mas portadores da mutação no gene BRCA2 podem ter até 8% de chance de desenvolver a doença. “O câncer hereditário não é uma questão apenas feminina. Homens também precisam observar o histórico familiar e procurar avaliação médica”, alerta o especialista.

A Dra. Viviane Esteves, 2ª secretária da SBM Rio, reforça que a prevenção deve ser pensada de forma ampliada, envolvendo toda a família. “Cada caso hereditário envolve uma rede de parentes em risco. Testar e orientar uma mulher pode significar proteger irmãs, filhos e sobrinhos. O câncer hereditário exige que pensemos em termos de famílias, não apenas de indivíduos.”

Entre os sinais de alerta que indicam a necessidade de investigação em oncogenética estão: câncer de mama em idades jovens (antes dos 40 anos), tumores bilaterais, múltiplos casos em uma mesma família e presença de câncer de mama em homens.

Neste Outubro Rosa, a SBM Rio reforça que conhecimento e prevenção são fundamentais para transformar o futuro. A instituição também incentiva a prática de atividade física como aliada na prevenção e promove sua tradicional corrida e caminhada durante o mês.

Com esses avanços, o Rio de Janeiro assume papel de liderança no debate global sobre câncer de mama hereditário, oferecendo esperança e novas possibilidades para milhares de famílias brasileiras.

Este conteúdo foi elaborado com informações da assessoria de imprensa da Sociedade Brasileira de Mastologia – RJ.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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