Finados segue forte no mercado de flores e plantas ornamentais em 2025
Apesar das mudanças culturais e desafios na produção, a data mantém crescimento e relevância para o setor
O Dia de Finados continua sendo uma data importante para o setor brasileiro de flores e plantas ornamentais, mesmo com a redução gradual do hábito de levar flores aos cemitérios. Segundo dados da assessoria de imprensa do Ceaflor e do Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), a tradição ainda representa cerca de 3% do faturamento anual do segmento, ocupando a sexta posição em volume de vendas ao longo do ano. Para 2025, o Ibraflor prevê um aumento de 7% nas vendas em comparação ao ano anterior.
No Ceaflor, maior mercado atacadista do setor no Brasil, produtores especializados em espécies típicas da data, como crisântemos, kalanchoes e kalandivas, já comercializaram grande parte da produção. A procura por outras flores envasadas também tem crescido, ampliando o portfólio de produtos associados ao Finados. Essa diversificação demonstra o esforço dos produtores em atender a diferentes perfis de consumidores e renovar a oferta para a data.
Entretanto, o setor enfrenta desafios significativos. O clima extremo e a escassez de mão de obra no campo impactam diretamente a produção. Dirceu Hasimoto, da Mix Flores, relata que reduziu em 20% a produção de kalanchoes e kalandivas devido ao aumento dos custos e à dificuldade de encontrar trabalhadores. “O custo de produção subiu muito e não conseguimos repassar. Por isso, optamos por atender apenas clientes que garantiram a compra. Em Finados, vendemos cerca de cinco vezes mais do que em uma semana comum, mas não temos equipe suficiente para atender toda essa demanda”, explica.
Por outro lado, há produtores que apostam na expansão. Caio Shiroto, da Flora Shiroto, aumentou em 20% a produção de crisântemos, especialmente da variedade Bola Belga, motivado pelo aumento da demanda e pelo fato de Finados cair em um domingo este ano, o que pode incentivar mais visitas aos cemitérios. Ele destaca a necessidade de atenção às variações climáticas, que podem antecipar ou atrasar a floração, e o investimento em tecnologias para minimizar esses efeitos.
Além disso, Caio ressalta a dificuldade em conciliar a produção sazonal com a escassez de mão de obra e a ociosidade das estufas em parte do ano, o que eleva os custos. “Hoje, o produtor precisa fazer contas e avaliar o que é mais viável para seu modelo de negócio”, conclui.
O presidente do Ceaflor, Antônio Carlos Rodrigues, reconhece o empenho dos produtores em se reinventar e diversificar a oferta. “Além dos tradicionais crisântemos, outras flores envasadas passaram a integrar o portfólio da data, como antúrios e até algumas espécies de plantas verdes. Finados continua sendo uma data relevante para o setor e é trabalhada com dedicação por nossos produtores”, afirma.
Com seis anos de atuação, o Ceaflor é o maior mercado atacadista de flores, plantas e acessórios para floricultura, paisagismo e decoração do Brasil, contribuindo para o crescimento da cadeia produtiva e a economia local, especialmente na região de Holambra, reconhecida como a capital nacional das flores e plantas ornamentais.
Assim, mesmo diante das transformações culturais e desafios produtivos, Finados mantém sua importância e potencial de crescimento no calendário do setor de flores e plantas ornamentais no Brasil.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



