Como o contato com a natureza pode equilibrar o uso excessivo de telas pelas crianças
Especialistas destacam que experiências ao ar livre desenvolvem habilidades socioemocionais e reduzem impactos negativos da tecnologia
O uso excessivo de telas por crianças e adolescentes tem gerado preocupação crescente entre pais e especialistas no Brasil. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, 95% dos jovens entre 9 e 17 anos estão conectados à internet, dedicando grande parte do tempo livre a redes sociais e vídeos online. Essa realidade tem levado a alertas sobre os impactos negativos desse comportamento no desenvolvimento cognitivo, emocional e social dos jovens.
A Sociedade Brasileira de Pediatria destaca que o isolamento digital pode comprometer habilidades essenciais, como atenção, empatia e capacidade de resolver problemas. Em contrapartida, cresce o interesse por experiências que promovem o contato direto com a natureza, consideradas fundamentais para estimular a autonomia, a criatividade e o equilíbrio emocional das crianças.
Segundo Camila dos Santos Gaudio, diretora do Acampamento Aruanã, “a natureza é um laboratório completo para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, como resiliência, cooperação e capacidade de resolver problemas”. Com 35 anos de experiência, o acampamento oferece atividades ao ar livre como trilhas, escaladas, jogos cooperativos e oficinas manuais, proporcionando vivências que transformam as crianças em protagonistas de suas próprias aventuras.
Estudos recentes em psicologia e neurociência infantil reforçam que o contato com ambientes naturais melhora a atenção, reduz sintomas de ansiedade, fortalece a criatividade e favorece o desenvolvimento cognitivo e emocional. Camila destaca que atividades ao ar livre ensinam competências difíceis de serem adquiridas em ambientes digitais, como superar medos, cooperar em desafios coletivos e transformar o tédio em exploração criativa. “São experiências que estimulam a autonomia e a autoconfiança, ingredientes essenciais para formar crianças mais equilibradas e preparadas para o mundo”, afirma.
Para famílias que vivem em grandes cidades, a especialista recomenda pequenas mudanças na rotina para inserir elementos da “infância raiz”, como explorar parques, organizar brincadeiras ao ar livre, plantar hortas ou criar pequenas aventuras no bairro. Ela ressalta que o objetivo não é eliminar a tecnologia, mas equilibrar o tempo das crianças, oferecendo oportunidades reais de exploração, interação e liberdade.
Investir em experiências de contato com a natureza é preparar uma geração mais criativa, resiliente e emocionalmente saudável, capaz de crescer conectada sem depender exclusivamente das telas. Essa abordagem, baseada em dados da assessoria de imprensa, reforça a importância de um equilíbrio entre o mundo digital e o natural para o desenvolvimento integral das crianças.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



