Coceira intensa nos olhos na primavera? Pode ser conjuntivite primaveril
Saiba como identificar e tratar a alergia ocular que afeta principalmente crianças na estação das flores
Com a chegada da primavera, as paisagens se enchem de cores e vida, mas também aumenta a concentração de pólen no ar, um elemento essencial para a natureza, mas que pode causar desconfortos para muitas pessoas. Segundo dados da assessoria de imprensa, a coceira intensa nos olhos durante essa estação pode ser um sinal da conjuntivite primaveril, uma forma de conjuntivite alérgica que afeta principalmente crianças.
O pólen, minúsculos grãos encontrados nas flores, é fundamental para a fecundação das plantas e para a alimentação das abelhas. No entanto, para o ser humano, ele é um poderoso agente alérgeno. A oftalmologista infantil Dra. Marcela Barreira, especialista em estrabismo e chefe do Serviço de Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, explica que a conjuntivite primaveril é uma inflamação da conjuntiva, o tecido que reveste a parte frontal do globo ocular, podendo em alguns casos atingir a córnea, caracterizando a ceratoconjuntivite.
A doença é mais comum em crianças devido à imaturidade do sistema imunológico e tende a se manifestar em ambientes ao ar livre, especialmente em locais com muita vegetação e em dias de baixa umidade. O contato com o pólen desencadeia uma reação exagerada do sistema imunológico, que libera substâncias inflamatórias e causa os sintomas típicos da conjuntivite primaveril.
Os principais sinais são vermelhidão intensa na conjuntiva, coceira persistente, ardência, sensação de areia nos olhos e sensibilidade à luz. Diferente das conjuntivites infecciosas, as formas alérgicas não produzem secreção purulenta, mas sim uma secreção esbranquiçada e abundante. Além disso, a conjuntivite alérgica pode durar semanas ou meses, exigindo um tratamento mais prolongado.
Importante destacar que a conjuntivite primaveril não é contagiosa, portanto, a criança pode continuar suas atividades normalmente. O tratamento envolve o uso de antialérgicos orais ou colírios prescritos por oftalmologista, além de mudanças de hábitos para evitar o contato com o pólen. Coçar os olhos deve ser evitado, pois pode causar lesões graves na córnea, como úlceras e até perfuração, além de aumentar o risco de ceratocone, uma doença que pode levar à perda da visão.
Para aliviar os sintomas, recomenda-se buscar orientação médica especializada, não usar colírios sem prescrição, evitar ambientes externos com alta concentração de pólen, usar umidificadores em dias secos, proteger os olhos com óculos escuros e aplicar compressas frias para reduzir a coceira e remover secreções.
Ficar atenta aos sinais e buscar tratamento adequado é fundamental para garantir o conforto e a saúde ocular durante a primavera.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



