Poluição do ar causa 25% das mortes infantis no mundo, alerta estudo global
Relatório revela impacto devastador da poluição na saúde das crianças, especialmente em países pobres
Um novo estudo da Zero Carbon Analytics (ZCA) revela que a poluição do ar é uma crise global que afeta diretamente a saúde das crianças, sendo responsável por mais de 25% das mortes de crianças menores de cinco anos no mundo. Os dados, divulgados por meio de assessoria de imprensa, mostram que a exposição à poluição começa ainda no útero, prejudicando o desenvolvimento pulmonar e aumentando o risco de doenças crônicas ao longo da vida.
Segundo o relatório “Structural dependencies perpetuate disproportionate childhood health burden from air pollution”, crianças em países pobres enfrentam taxas de mortalidade até 94 vezes maiores do que em nações ricas. No Brasil, quase 1.600 crianças morreram em 2021 por causas relacionadas à poluição do ar, o que equivale a quase quatro crianças por dia. A poluição externa, causada principalmente por incêndios florestais, queima de biomassa, desmatamento e secas agravadas pelas mudanças climáticas, provoca picos de doenças respiratórias e cardiovasculares. Em 2024, as internações hospitalares por essas doenças aumentaram 27,6% em relação a 2023, com um crescimento de 77% no número de crianças hospitalizadas em São Paulo apenas em setembro.
Além dos impactos respiratórios, a exposição materna à fumaça eleva o risco de parto prematuro em até 41% no Sudeste do Brasil, além de aumentar a incidência de baixo peso ao nascer e defeitos congênitos, como anomalias respiratórias e do sistema nervoso. Crianças em idade escolar também têm seu desempenho acadêmico prejudicado pela exposição a poluentes como PM2,5 e NO₂, sendo que alunos de escolas públicas são os mais afetados devido à proximidade com rodovias e áreas de incêndio.
O pneumologista Felipe Saddy alerta que “a poluição do ar corrói silenciosamente o futuro das crianças” e destaca a necessidade urgente de políticas firmes para garantir ar limpo e saudável para as próximas gerações. O relatório também analisa casos na África do Sul, Nigéria e Bangladesh, propondo soluções como a transição energética justa, padrões livres de desmatamento e financiamento climático internacional para proteger a saúde infantil e o meio ambiente.
A pesquisa reforça que a poluição do ar não é apenas uma questão ambiental, mas uma grave questão de justiça social, pois as crianças mais vulneráveis pagam o preço por sistemas que não criaram. A ação global e a mudança para fontes de energia limpa são essenciais para romper esse ciclo e garantir um futuro mais saudável para as próximas gerações.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



