Da boca ao coração: entenda os riscos da má higiene bucal para sua saúde
Saiba como cuidados simples com a boca podem prevenir doenças graves, incluindo câncer e problemas cardíacos
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que quase metade da população mundial, cerca de 3,5 bilhões de pessoas, sofre de doenças bucais. Nos últimos 30 anos, os casos aumentaram em 1 bilhão, mostrando que os cuidados com a higiene da boca ainda são insuficientes para prevenir problemas que vão muito além do sorriso.
Entre as doenças mais comuns estão a cárie dentária, periodontite grave, perda dentária e câncer bucal. A boca é considerada “a porta de entrada do organismo” e reflete o estado geral da saúde. “A saúde começa pela boca e vai muito além de um sorriso bonito. Cuidar da higiene bucal é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças que afetam todo o corpo, incluindo câncer de boca, problemas cardiovasculares e até o agravamento de condições sistêmicas, como o diabetes”, explica a especialista Thamara Costa Maluf, mestre em Endodontia.
A falta de higiene pode causar inflamações e infecções que se manifestam inicialmente na cavidade oral, mas que impactam órgãos vitais. Um dos riscos mais graves é o câncer de boca, especialmente entre fumantes e pessoas que consomem álcool em excesso. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que esse tipo de câncer é o oitavo mais frequente no Brasil, com previsão de mais de 15 mil novos casos entre 2022 e 2025. A inflamação crônica causada pelo acúmulo de placa bacteriana favorece alterações celulares malignas. Feridas que não cicatrizam em até 15 dias, manchas brancas ou vermelhas, sangramentos e dor ao engolir são sinais de alerta que devem ser avaliados por um cirurgião-dentista.
Além do câncer, a má higiene bucal pode afetar o sistema cardiovascular, aumentando o risco de aterosclerose e endocardite bacteriana, uma infecção grave do revestimento do coração. O sistema respiratório também pode ser comprometido pela aspiração de bactérias da boca, especialmente em pacientes hospitalizados, levando a pneumonia. Para pessoas com diabetes, as doenças periodontais dificultam o controle da glicemia e promovem desequilíbrios inflamatórios no organismo.
A boa notícia é que a prevenção é simples e acessível. Escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, usar fio dental diariamente e visitar o dentista regularmente são atitudes fundamentais. É importante usar escovas com cerdas macias, trocá-las a cada três meses, limpar a língua e manter uma alimentação equilibrada para controlar a quantidade de bactérias na boca.
Os cuidados com a saúde bucal devem ser adaptados a cada fase da vida: nas crianças, a prevenção começa antes mesmo do nascimento dos dentes, com orientação aos pais; nos adultos, o foco é a manutenção da gengiva; e nos idosos, atenção especial às próteses, mucosas e à boca seca, efeito comum de medicamentos.
Reconhecer a saúde bucal como parte integrante do bem-estar geral exige um olhar sistêmico e atualizado, que une conhecimento técnico e experiência prática. Cuidar da boca é cuidar do corpo inteiro — um hábito simples que pode prevenir doenças graves e melhorar a qualidade de vida.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa do Centro Universitário Integrado.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



