“A Torre”: poesia e tarot se encontram para falar de queda e renascimento no Dia das Bruxas
Estreia literária de Thaís Alcoforado usa os arcanos maiores do tarot para guiar uma jornada poética de transformação
No clima do Dia das Bruxas, a estreia literária da poeta Thaís Alcoforado ganha destaque com o lançamento do livro “A Torre” (Editora Primata, 2025). Com 116 páginas, a obra utiliza os arcanos maiores do tarot como guia poético para explorar temas profundos como desmoronamento, perdas e a potência de transformação que emerge desses processos.
Segundo a psicanalista, jornalista e escritora Gabrielle Estevans, que assina o prefácio, “Ao escrever, Thaís deixa, pela segunda vez, a própria Torre ruir. No vazio que se abre, escuta a linguagem dos sonhos, do corpo e das cartas. Ao fim, a lalangue é solo fértil. A queda, uma nova fundação. E o livro, uma catedral portátil para todos aqueles que, de algum modo, também foram expulsos de seus territórios.”
“A Torre” não se limita a um único arcano, mas atravessa sete símbolos do tarot, criando uma escrita-oráculo que convida o leitor a percorrer o caminho do colapso à libertação. A obra é descrita como um livro-ritual, onde os versos funcionam como oráculos pessoais e coletivos, revelando uma travessia lírica pelo desmoronamento de relações, arquiteturas familiares e desejos, não como um lamento, mas como um ato ritual de reconfiguração do mundo.
Thaís Alcoforado define seu livro como um experimento de poesia oracular. Para ela, o tarot é uma ferramenta de introspecção e autorreflexão, e seus poemas nasceram como escrita de sobrevivência e gesto de fé no futuro. A unidade do livro foi fortalecida após oficinas de Escriterapia conduzidas por Gabrielle Estevans, onde a autora percebeu conexões entre seus textos e os arcanos do tarot. “O tempo todo, seguimos pistas, recebemos indícios. Estar presente é não ignorar essas pistas. Essa é a verdadeira magia, e tanto o tarot como a poesia podem nos ajudar nessa missão”, reflete Thaís.
Recifense e cidadã do mundo, Thaís tem uma trajetória marcada por experiências internacionais e uma carreira humanitária que a levou a viver em países como Senegal, Irã e República Dominicana. Atualmente no Panamá, ela encontrou na natureza e no silêncio do Darién, região próxima à fronteira com a Colômbia, o espaço para reencontrar a escrita e o tarot como práticas essenciais de vida, onde “A Torre” ganhou forma.
Entre suas referências literárias estão nomes como Bruna Beber, Ana Estaregui e Clarissa Pinkola-Estés, além de influências do tarot por meio da obra “O Caminho do Tarot”, de Alejandro Jodorowsky e Marianne Costa. O livro também dialoga com os diários de Susan Sontag e a poesia de Anne Carson, buscando uma escrita sinestésica que transita entre o cotidiano e o espiritual.
“A Torre” é uma obra que convida à reflexão sobre os momentos de crise e a possibilidade de renascimento, especialmente pertinente para o mês de outubro e o Dia das Bruxas, quando o misticismo e a transformação ganham espaço na cultura popular.
Confira um trecho do poema “Hefesto”, presente na página 19 do livro:
“Como a construção
A catástrofe também demanda paciência
Ainda assim, o momento exato do desabamento
Parece sempre repentino
Os acontecimentos teriam sido devastadores
Se eu não tivesse começado a me preparar
Sem suspeita
Justo a tempo
Para todo tipo de emergências
Tudo que veio antes, um ensaio
Tudo o que vier depois, uma réplica
Do choque primordial”
Com uma capa ilustrada pela artista e poeta Priscilla Menezes, “A Torre” é uma obra que une poesia, tarot e introspecção, oferecendo uma experiência literária única para quem busca compreender os processos de queda e reconstrução interior.
Este conteúdo foi elaborado com dados fornecidos pela assessoria de imprensa da autora.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



