O Impacto das Redes Sociais na Saúde Emocional dos Jovens: Um Alerta Necessário
Como a dependência digital e a falta de vínculos familiares profundos aumentam a ansiedade e o isolamento entre os jovens
As redes sociais se tornaram parte central da rotina dos jovens, mas o uso excessivo vem provocando impactos emocionais graves, como dependência, baixa autoestima e dificuldade de lidar com a vida real. O problema vai além do tempo de tela: envolve também a falta de vínculo emocional em casa.
As redes sociais viraram uma fonte de validação e prazer rápido para os jovens, criando dependência emocional. Eles passam a buscar curtidas e aprovação constante, o que afeta diretamente a autoestima e o bem-estar.
O ambiente digital estimula comparações constantes, gerando sentimentos de inadequação, frustração e ansiedade. Além dos danos à saúde mental, o uso excessivo das redes prejudica hábitos simples do dia a dia.
As redes afetam o sono, a atenção e aumentam a ansiedade. Elas substituem o contato humano por conexões superficiais. Muitos jovens estão cercados de gente online, mas se sentem sozinhos na vida real.
O problema não está apenas na tecnologia, mas na ausência de conexão emocional dentro das próprias casas. A falta de presença emocional em casa empurra o jovem para as redes. Antes de impor regras, os pais precisam restaurar o vínculo com os filhos. Afeto, diálogo e escuta verdadeira são mais eficazes do que proibições.
O exemplo familiar é fundamental no processo de educação emocional. Um jovem que é amado, ouvido e acolhido não precisa se exibir online para ser validado, porque já se sente visto dentro de casa.
Para melhorar a relação dos jovens com o mundo digital, é importante adotar estratégias simples: estabelecer tempo de qualidade em família; incentivar hobbies e atividades offline; criar limites sem autoritarismo; promover conversas sobre emoções e valores; e buscar apoio terapêutico quando necessário.
Educar emocionalmente é tão importante quanto limitar o uso das redes. O remédio continua sendo o mesmo: amor, diálogo e convivência verdadeira.
Por Sandro Barros
terapeuta
Artigo de opinião



