Maternidade após os 40: até onde a ciência pode ajudar e quais os riscos envolvidos
Entenda os limites da reprodução assistida e a importância do planejamento consciente da fertilidade feminina
Cada vez mais mulheres optam por adiar a maternidade, seja por motivos pessoais, profissionais ou financeiros. O avanço da medicina reprodutiva, com técnicas como o congelamento de óvulos e a fertilização in vitro (FIV), ampliou as possibilidades para quem deseja engravidar mais tarde. No entanto, segundo dados da assessoria de imprensa, é fundamental compreender que a biologia feminina impõe limites que nem toda tecnologia consegue superar.
O fator mais determinante para o sucesso da gestação é a idade do óvulo, e não a idade cronológica da mulher. Conforme explica o especialista em reprodução assistida, Dr. João Guilherme Grassi, “não é incomum pacientes chegarem aos 42 ou 43 anos acreditando que a medicina dará a mesma resposta que teria dado aos 35. Mas as chances de gravidez caem de forma expressiva com o passar dos anos”.
Os números ilustram essa realidade: aos 30 anos, a taxa de sucesso na transferência de dois embriões de boa qualidade pode chegar a 50% a 60%. Aos 35 anos, essa taxa cai para 45% a 50%. Aos 40 anos, mesmo com três embriões, a chance é de cerca de 40%. Já aos 42 anos, a probabilidade reduz para 25%, e aos 45 anos, fica entre 5% e 10%.
Além disso, o congelamento de óvulos, frequentemente visto como uma “garantia futura”, tem suas limitações. Mulheres acima dos 40 anos geralmente apresentam reserva ovariana reduzida, o que exige múltiplos ciclos de estimulação para obter uma quantidade mínima de óvulos viáveis. Mesmo assim, a taxa de sucesso está diretamente ligada à idade no momento da coleta dos óvulos.
Outro ponto importante é a falta de orientação precoce. Muitas mulheres só buscam ajuda após tentativas frustradas por anos. “É comum pacientes chegarem ao consultório já com mais de 40 anos, após tentativas frustradas por quase uma década. Se tivessem buscado diagnóstico mais cedo, as chances seriam significativamente maiores”, observa o especialista.
Embora a ciência tenha avançado muito, ela não pode eliminar completamente o impacto do tempo. Técnicas modernas aumentam as possibilidades, mas não garantem resultados. “Mesmo em clínicas de referência mundial, as estatísticas são as mesmas. Aos 43 anos, um ciclo de fertilização in vitro oferece apenas 15% a 20% de chance de gravidez. Isso precisa ser falado com transparência”, conclui Dr. Grassi.
Essa falta de informação clara leva muitas mulheres a acreditar que sempre haverá tempo para engravidar, quando, na verdade, o relógio biológico é implacável. “Informar não significa pressionar a mulher a engravidar cedo, mas dar a ela o direito de escolher com consciência. Saber que a fertilidade tem prazo de validade muda a forma de planejar a vida”, destaca o especialista.
Portanto, o planejamento familiar consciente e o acompanhamento médico precoce são fundamentais para ampliar as chances de uma gestação saudável, respeitando os limites naturais do corpo feminino.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



