Inovação, dados e IA transformam o futuro da saúde no 3º Fórum Health Meeting
Especialistas debatem tecnologia, modelos de negócio e o papel humano na revolução digital da saúde
O 3º Fórum de Inovação da Health Meeting Brasil/SINDIHOSPA, realizado em Porto Alegre, reuniu especialistas para discutir os principais desafios e avanços no setor da saúde, com foco em dados, inteligência artificial (IA) e o futuro da assistência médica. O evento, que aconteceu no dia 22 de outubro na PUCRS, destacou a importância da transformação digital aliada ao cuidado humano.
A governança de dados foi o ponto de partida dos debates. Paulo Marcelo Zimmer, diretor de Operações Médicas do Hospital Albert Einstein, ressaltou que muitos hospitais brasileiros ainda operam de forma analógica, sem prontuário eletrônico, o que compromete a sustentabilidade futura. “É impossível imaginar que seremos sustentáveis no futuro se não entendermos a importância dos dados”, afirmou. Carolina Sanvicente, advogada especialista, destacou que a governança precisa de perfis diversos para acompanhar o avanço da IA. Alexandre Mello, presidente da Assepro-RS, reforçou o papel humano: “o grande desafio é explicar as decisões, sejam elas tomadas com ou sem o uso dessas ferramentas”.
O futurismo na saúde também foi tema central. Bruno Pina, CEO da Synapse Consulting, destacou o crescimento exponencial dos cuidados virtuais após a pandemia, que aumentaram sete vezes. Ele provocou a reflexão sobre o potencial de investimentos para acelerar ainda mais essa transformação. Pedro Batista, da Horuss AI, trouxe a perspectiva internacional, apontando a China como um parceiro comercial estratégico para o Brasil, especialmente em insumos e equipamentos médicos.
Executivos de instituições de saúde enfatizaram que a inovação deve sempre valorizar o lado humano. Leandro Firme, CEO da Unimed Porto Alegre, afirmou que a tecnologia deve colocar o paciente no centro, promovendo prevenção e promoção da saúde. Já Carlos Klein, da Ventiur Smart Capital, ressaltou a importância de criar uma cultura interna que valorize a inovação e a acreditação hospitalar.
A discussão sobre geração de negócios inovadores evidenciou a necessidade de viabilidade econômica e alinhamento sistêmico. Ana Etges alertou para a importância de resultados clínicos comprovados, enquanto Carolina Araripe destacou a visão sistêmica para novos modelos. Melina Schuch e Carolline Andresi apresentaram exemplos de iniciativas que geram valor e formam novos agentes de inovação dentro das instituições.
O futuro dos prontuários eletrônicos também foi debatido. Alceu Alves da Silva, da MV Sistemas, prevê o uso da voz para facilitar o trabalho dos médicos, permitindo que eles se concentrem mais no atendimento ao paciente. Arnaldo Manfredini, da TOTVS, e Valter Ferreira, do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, reforçaram a necessidade de bases sólidas e acessibilidade das soluções tecnológicas.
Outro destaque foi o potencial do turismo de saúde no Rio Grande do Sul, apresentado por Janaína Brentano, que ressaltou a importância da coleta de dados para atrair pacientes. Daniel Giaccheri, vice-presidente do SINDIHOSPA, comentou sobre a relevância de conectar hospitais e agências de turismo para ampliar esse mercado.
Por fim, a interoperabilidade entre sistemas de saúde foi tema de um painel com especialistas que destacaram a necessidade de mudança cultural para integrar setores e facilitar a troca de informações. Lucas Silva, da Care Intelligence, desmistificou o entusiasmo exagerado com a IA, afirmando que “o valor da IA não está na tecnologia, mas na implementação e redesenho de fluxos de trabalho”.
O 3º Fórum de Inovação da Health Meeting reforça que a combinação entre tecnologia avançada, dados estratégicos e o cuidado humano é essencial para construir um futuro sustentável e inovador na saúde. Este conteúdo foi elaborado com dados da assessoria de imprensa do evento.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



