Cresce uso de inteligência artificial por crianças e aumentam riscos digitais, alerta ONG

Dados recentes da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025, divulgada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), mostram mudanças significativas no comportamento digital de crianças e adolescentes brasileiros. Segundo o levantamento, 10% dos jovens entre 9 e 17 anos já utilizam inteligência artificial generativa para conversar sobre emoções ou problemas pessoais, enquanto 59% recorrem à tecnologia para pesquisas escolares e estudos.

Entretanto, o uso crescente da tecnologia também traz preocupações importantes. Cerca de 45% das crianças e adolescentes foram expostos a conteúdos inadequados para a idade, conforme relato dos responsáveis. Esse cenário reforça a necessidade urgente de ampliar a proteção digital para o público infantojuvenil.

A situação no Brasil acompanha uma tendência global preocupante. Segundo dados do ChildLight (2024), mais de 300 milhões de crianças no mundo foram vítimas de exploração ou abuso sexual facilitado por tecnologia recentemente. No Brasil, uma pesquisa do ChildFund revelou que 54% dos adolescentes já sofreram algum tipo de violência na internet.

Diante desse contexto, o ChildFund lançou a campanha “Os Monstros na Internet São Reais”, presente em seis países da América Latina, incluindo o Brasil. A iniciativa visa conscientizar sobre os riscos digitais, como assédio, cyberbullying, grooming e exploração sexual on-line. A campanha utiliza a metáfora dos “monstros” para representar as ameaças virtuais que muitas vezes passam despercebidas, como predadores digitais e conteúdos abusivos disfarçados de entretenimento ou amizade.

Para apoiar pais, mães, cuidadores e educadores, a campanha oferece materiais educativos, vídeos e cursos gratuitos que ajudam na identificação e prevenção desses riscos. Todo o conteúdo está disponível no site oficial da campanha, facilitando o acesso à informação e à orientação para proteger as crianças no ambiente digital.

O presidente executivo do ChildFund Brasil, Mauricio Cunha, destaca a importância de mobilizar toda a sociedade para garantir a segurança on-line dos jovens. A proteção digital não é responsabilidade apenas das famílias, mas de toda a comunidade, para que as crianças possam usufruir dos benefícios da tecnologia sem se expor a perigos.

Este alerta reforça a necessidade de diálogo aberto sobre o uso da internet e da inteligência artificial entre crianças, adolescentes e adultos responsáveis, promovendo um ambiente virtual mais seguro e saudável.

Este conteúdo foi produzido com base em dados fornecidos pela assessoria de imprensa do ChildFund Brasil.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA