Consulta Pública Avalia Novo Tratamento para Doença Renal Crônica no SUS
Finerenona pode ser a esperança para pacientes com doença renal associada ao diabetes tipo 2
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu uma consulta pública para avaliar a inclusão da finerenona, um novo medicamento para o tratamento da doença renal crônica (DRC) associada ao diabetes tipo 2, no SUS. Essa iniciativa surge em um momento crítico para a saúde renal no Brasil, marcado por filas crescentes para transplantes e desafios estruturais nas clínicas de diálise.
Segundo dados recentes, mais de 150 mil brasileiros dependem da diálise, e muitos serviços enfrentam dificuldades que ameaçam até mesmo seu funcionamento. A Sociedade Brasileira de Nefrologia já alertou para essa crise, que impacta diretamente a progressão da doença e o aumento da demanda por transplantes renais.
Priscila Tanaka, gerente médica da Bayer, destaca a importância da discussão: “Pacientes com doença renal crônica estão especialmente vulneráveis a complicações. Cada internação evitável não é apenas um custo adicional para o SUS, mas representa riscos que vão desde infecções hospitalares ao agravamento da doença.” Ela reforça que o acesso a terapias que retardem a progressão da enfermidade, como a finerenona, pode preservar a saúde e a qualidade de vida desses pacientes.
A finerenona é um medicamento que, quando combinado com outras terapias já consolidadas, como a empagliflozina, mostrou resultados promissores. Um estudo recente apresentado no Congresso Europeu de Cardiologia, chamado CONFIDENCE, demonstrou que essa combinação promoveu uma redução de 29% a 32% maior na relação albumina/creatinina, um importante marcador de lesões renais, em comparação com cada tratamento isolado.
Essa nova terapia pode reduzir a necessidade de diálise e aliviar a pressão sobre o sistema público de saúde. Por isso, a participação da sociedade, médicos e especialistas na consulta pública é fundamental para que a decisão seja baseada em evidências científicas e na realidade dos pacientes.
O diabetes é uma das principais causas da doença renal crônica no Brasil. Atualmente, 16,6 milhões de brasileiros vivem com diabetes, número que pode chegar a 24 milhões até 2050. Entre esses pacientes, de 20% a 40% podem desenvolver DRC ao longo da vida. A relação entre as duas doenças está ligada ao impacto da glicose elevada nos vasos sanguíneos dos rins, que prejudica sua função ao longo do tempo.
Nos estágios iniciais, a DRC pode não apresentar sintomas, dificultando o diagnóstico precoce. Com a evolução, sinais como inchaço, cansaço, pressão alta persistente e alterações na urina podem surgir. Sem tratamento adequado, a doença pode evoluir para insuficiência renal, exigindo diálise ou transplante, além de aumentar o risco de complicações graves e internações.
A consulta pública está aberta para contribuições até 11 de novembro. Para participar, basta acessar o site da Conitec e seguir as orientações para cadastro e envio de pareceres.
Este conteúdo foi elaborado com base em informações da assessoria de imprensa, refletindo a importância da participação coletiva na busca por avanços na saúde renal no Brasil.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



