Casamentos após os 50: o mercado bilionário que valoriza vestidos sob medida e identidade

Noivas maduras impulsionam a indústria nupcial com demandas por personalização e elegância confortável

O mercado de casamentos no Brasil segue em expansão e, em 2025, está projetado para movimentar cerca de R$ 31,7 bilhões, segundo dados da Abrafesta. Entre os principais impulsionadores desse crescimento estão as noivas com mais de 50 anos, grupo que apresenta o maior crescimento nas estatísticas de casamentos civis, conforme o IBGE. Essa tendência reflete mudanças sociais, como o aumento da expectativa de vida e o número crescente de pessoas que se casam novamente após divórcios.

Com esse cenário, a indústria da moda nupcial tem se adaptado para atender às novas demandas. A estilista Patrícia Granha, responsável pelos vestidos da última edição do reality show “Casamento às Cegas Brasil – Nunca é Tarde” (Netflix), destaca a importância da personalização para esse público. Diferente das temporadas anteriores, em que os looks eram reaproveitados, Patrícia desenvolveu dois vestidos exclusivos para cada participante, baseando-se em entrevistas individuais para captar suas histórias e preferências.

“Essas mulheres já passaram por muita coisa. Elas sabem o que querem e não aceitam ser negadas, seja em termos de conforto ou elegância. Minha tarefa era traduzir narrativas em tecidos, drapeados e detalhes. Duas opções personalizadas não são demais: são respeito”, afirma a estilista. Essa abordagem valoriza a identidade de cada noiva, reconhecendo que não existe um único perfil para mulheres acima dos 50 anos.

As próprias noivas confirmam o impacto dessa atenção personalizada. Aidê Torres, uma das finalistas do programa, relata: “Eu não precisei forçar nada. Aquele vestido falou comigo, com meu corpo e minha narrativa. Pela primeira vez, eu estava em uma prova de vestido que parecia que poderia me representar completamente.” Já Nívia Gälego ressalta o poder de ser ouvida: “A Patrícia me ouviu. Tudo fazia sentido, desde o corte até como o tecido caía. Era como se o vestido tivesse sido feito para mim.”

Economicamente, esse público representa uma fatia importante do mercado consumidor, respondendo por mais de 40% dos lares no país e disposto a investir em experiências sob medida. No setor de casamentos, isso se traduz em celebrações menores, mais sofisticadas e uma busca por peças autorais que aliam conforto e estilo. “A necessidade requer soluções técnicas — tecidos que não aderem, cortes que alongam sem exagero, acabamentos que respeitam a pele. Mas também requer liberdade de gosto. Não existe apenas uma noiva 50+, existem muitas”, explica Patrícia Granha.

Essa transformação pode revolucionar o mercado de noivas, tradicionalmente focado em jovens. O vestido de noiva deixa de ser apenas uma peça para uma noite e passa a simbolizar um recomeço, uma afirmação de identidade em qualquer idade. “Casar é estar apaixonada, mas é sobre identidade. É esse encontro, não uma noite de bebedeira precoce ou uso de drogas ou infração de trânsito, que o vestido é o espelho — e toda mulher precisa poder se ver nele, aos 20 ou 70 anos”, conclui a estilista.

Este conteúdo foi elaborado com base em informações fornecidas pela assessoria de imprensa, refletindo as tendências e demandas atuais do universo feminino na moda nupcial.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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