Brasil lidera encontro global para integrar Medicina Tradicional e Saúde Pública

Congresso no Rio reúne cientistas e líderes indígenas para fortalecer a saúde integrativa mundial

Com dados da assessoria de imprensa, o 3º Congresso Mundial de Medicina Tradicional, Complementar e Integrativa (MTCI), realizado no Rio de Janeiro, marcou um momento histórico ao reunir cientistas, formuladores de políticas públicas e líderes indígenas de mais de 70 países. O evento destacou a importância da integração entre a medicina tradicional e a convencional para melhorar os resultados clínicos e fortalecer a saúde pública global.

Segundo o Prof. Dr. Ricardo Ghelman, presidente do Congresso, “Pela primeira vez, reunimos o conhecimento tradicional e a ciência de todo o mundo para construir um futuro mais equilibrado, humano e sustentável para o clima — mas o déficit global de financiamento ainda é enorme”. De fato, embora uma em cada três pessoas utilize algum tipo de medicina tradicional, menos de 1% dos orçamentos de pesquisa em saúde é destinado a essa área, com variações mínimas entre países.

O congresso também ressaltou a conexão entre saúde humana e saúde planetária, especialmente diante dos desafios das doenças crônicas e das mudanças climáticas. A Prof. Dr. Brenda Leung, do Canadá, enfatizou que “a medicina tradicional, o conhecimento indígena e a biodiversidade são inseparáveis — a biodiversidade sustenta a sabedoria medicinal, enquanto as culturas indígenas a protegem e cultivam.” Já o Prof. Putira Sacuena, do Ministério da Saúde do Brasil, reforçou que “a natureza não está à venda; ela contém o alimento e o remédio de que precisamos. Não é possível construir um sistema público de saúde sem ouvir o povo.”

Apesar de países como Brasil, China, Índia e Coreia do Sul já regularem e integrarem a MTCI em seus sistemas públicos, a maioria das nações ainda não o faz. O Prof. Motlalepula Matsabisa, da África do Sul, destacou a necessidade de capacitar tanto curandeiros tradicionais quanto médicos para trabalharem juntos, superando o desequilíbrio atual.

As evidências apresentadas no congresso mostram benefícios claros da MTCI, como redução de sintomas, menor uso de antibióticos, melhora da saúde mental e no manejo de doenças crônicas. Entre os exemplos, estão o uso da Medicina Ayurvédica na Índia, a fitoterapia na China e terapias assistidas por psicodélicos na América Latina.

O evento reuniu 1.300 participantes e 664 trabalhos científicos, abordando temas como intervenções baseadas na natureza, cuidados oncológicos integrativos, uso de inteligência artificial para pesquisa em plantas medicinais e práticas integrativas para crianças em comunidades vulneráveis.

O Brasil, que comemora quase 20 anos da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), destacou sua liderança na área. Em 2024, o SUS realizou mais de 9 milhões de atendimentos em MTCI, um crescimento de 70% em dois anos.

As recomendações do congresso serão encaminhadas à Cúpula Global da OMS em dezembro de 2025, em Delhi, para contribuir com a Estratégia Global da OMS sobre MTCI (2025–2034). O compromisso do Brasil, reforçado pelo Ministro da Saúde, é ampliar o diálogo e o fortalecimento da medicina tradicional nos sistemas públicos de saúde.

Este encontro histórico mostra que a união entre saberes ancestrais e ciência moderna pode transformar a saúde pública, promovendo um futuro mais sustentável, humano e integrado para todos.

EstagiárIA

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA

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