Bordando Afetos: quando arte e memória se entrelaçam em bordados emocionais
Exposição no Memorial da Evolução Agrícola revela como o bordado transforma memórias pessoais em laços coletivos de cura e afeto
Com dados da assessoria de imprensa, o Memorial da Evolução Agrícola (MEA), em Horizontina (RS), inaugura no dia 25 de outubro, às 14h, a exposição “Bordando Afetos”. Essa mostra é resultado de meses de oficinas de bordado sobre fotografia que reuniram 103 participantes ao longo do ano, integrando o programa Mãos e Fios, iniciativa que valoriza as práticas manuais como espaço de acolhimento, aprendizado e fortalecimento da saúde mental.
Idealizado pela artista visual Mitti Mendonça, o projeto transforma lembranças pessoais em arte coletiva, utilizando o bordado como uma poderosa ferramenta de cura, memória e afeto. Mitti explica que o projeto foi inspirado na história da sua família, onde o bordado circula há mais de 100 anos entre as mulheres, e que essa prática é uma forma de “abraçar outras pessoas, outras vivências, e transformar memórias pessoais em coletivas”.
A exposição, aberta para visitação até 8 de fevereiro de 2026 no Ateliê Educativo do MEA, convida o público a mergulhar em um acervo de fotografias afetivas bordadas, que carregam camadas de sentidos e histórias. “O bordado em fotografia abre espaço para que as pessoas celebrem suas ancestralidades, revisitem saudades, elaborem lutos e ressignifiquem memórias”, destaca Mitti. Mesmo sem conhecer as pessoas retratadas, os visitantes podem se conectar a memórias e lembranças familiares semelhantes.
Para as participantes das oficinas, como a professora e artesã Letícia Fabrício Berwanger, o projeto vai além da técnica: “Esse projeto fala sobre atenção, cuidado, carinho e amor pelo que temos e pelo que vivemos. Foi uma experiência de troca, onde aprendemos novas técnicas, mas também bordamos sentimentos nas fotografias escolhidas com tanto carinho”.
O programa Mãos e Fios, criado em 2023 pela mediadora cultural Claudete Engler, já impactou mais de 750 mulheres em Horizontina e municípios vizinhos, promovendo oficinas itinerantes de crochê, tricô e bordado. Além do aprendizado manual, o programa oferece encontros de acolhimento, escuta ativa e voluntariado, mostrando como o artesanato pode ser uma ferramenta de saúde emocional e geração de renda. Claudete reforça que “o ato de bordar pode ser também um gesto de cura” e que o MEA tem sido um espaço de encontro entre memória, arte e afeto.
Além do Bordando Afetos, o Mãos e Fios abriga outras iniciativas, como o projeto “Amigas do MEA”, que promove encontros para confecção voluntária de peças em lã doadas a instituições sociais, fortalecendo o intercâmbio cultural e a valorização das práticas tradicionais femininas no Noroeste gaúcho.
O MEA oferece todas as suas atividades gratuitamente, com acesso livre e amplo espaço para lazer, cultura e educação, reafirmando seu compromisso com a diversidade cultural e o bem-estar da comunidade. A exposição “Bordando Afetos” é uma oportunidade única para vivenciar a arte como um elo entre passado, presente e futuro, costurando afetos e histórias em cada ponto.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



