Cuidados paliativos: saiba quando e por que eles são essenciais para a qualidade de vida
Entenda como essa abordagem promove acolhimento e suporte desde o diagnóstico de doenças graves
Os cuidados paliativos são uma abordagem fundamental para promover acolhimento e qualidade de vida a pacientes com doenças graves e suas famílias. Diferentemente do que muitos pensam, esses cuidados não se restringem à fase terminal da doença, mas são aplicados desde o diagnóstico, independentemente da possibilidade de cura. Essa informação foi esclarecida pela Dra. Henriana Soares Serra, médica infectologista, em material divulgado pela assessoria de imprensa da Inspirali.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos previnem e aliviam o sofrimento por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor, além de outros problemas físicos, psicossociais e espirituais. No Brasil, a Política Nacional de Cuidados Paliativos (PNCP) foi oficializada no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso a esse tipo de cuidado.
A Dra. Henriana explica que os cuidados paliativos são aplicáveis durante todo o curso da doença, desde o momento do diagnóstico, e não apenas na fase final da vida. Eles devem ser oferecidos em todos os níveis de assistência, incluindo atenção básica, domiciliar, ambulatorial, hospitalar e emergencial. Por exemplo, um paciente com câncer recém-diagnosticado pode receber cuidados paliativos para o manejo dos sintomas e apoio psicológico, mesmo enquanto realiza tratamentos curativos como quimioterapia.
Importante destacar que os cuidados paliativos não substituem os tratamentos convencionais, mas são integrados a eles para melhorar o bem-estar do paciente. Enquanto o tratamento convencional foca na doença, os cuidados paliativos focam na pessoa, otimizando sua qualidade de vida. Um paciente com insuficiência cardíaca, por exemplo, pode continuar seu tratamento medicamentoso enquanto recebe suporte para controlar sintomas como fadiga e falta de ar.
O objetivo principal dessa abordagem é melhorar a qualidade de vida do paciente e de seus familiares, prevenindo e aliviando o sofrimento, identificando precocemente as necessidades e oferecendo suporte emocional e espiritual. A família é considerada uma unidade de cuidado, sendo envolvida por meio de comunicação eficaz, tomada de decisão compartilhada, reuniões familiares e suporte ao cuidador e ao luto.
Os cuidados paliativos são aplicados por equipes multiprofissionais, que podem incluir médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais. Existe também uma especialidade médica dedicada a essa área, com formação específica para casos mais complexos. O perfil dos pacientes que recebem esses cuidados é amplo, abrangendo crianças, adultos e idosos com diversas doenças graves, como câncer, doenças neurológicas, HIV, entre outras.
Além de aliviar o sofrimento, os cuidados paliativos podem contribuir para melhores desfechos clínicos e maior sobrevida, ao melhorar a adesão aos tratamentos e reduzir o estresse do paciente. A formação médica para essa área tem avançado, com a inclusão dos cuidados paliativos como matéria obrigatória nos cursos de medicina, garantindo que futuros profissionais estejam preparados para oferecer esse suporte humanizado.
Em resumo, os cuidados paliativos são essenciais para garantir dignidade, conforto e suporte integral ao paciente e sua família durante o enfrentamento de doenças graves, promovendo uma melhor qualidade de vida em todas as fases do adoecimento.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA