Primeira telecirurgia robótica assistencial da América Latina é realizada no Brasil

Em um marco histórico para a medicina na América Latina, os hospitais Nove de Julho, em São Paulo, e Mãe de Deus, em Porto Alegre, realizaram a primeira telecirurgia robótica não experimental da região. O procedimento, que teve finalidade assistencial e ocorreu em ambiente não acadêmico, representa uma nova era no cuidado cirúrgico com tecnologia inovadora, segundo dados da assessoria de imprensa.

A cirurgia foi realizada com o uso da plataforma Toumai, desenvolvida pela MicroPort MedBot, e comandada pelo urologista Rafael Coelho diretamente do Centro Cirúrgico do Hospital Nove de Julho. A execução no Hospital Mãe de Deus ficou a cargo do urologista Marcos Tefilli, que possui ampla experiência em cirurgia robótica. A distância entre os dois centros cirúrgicos ultrapassa mil quilômetros, o que demonstra a capacidade da tecnologia em conectar especialistas e ampliar o acesso a procedimentos complexos.

O robô Toumai, aprovado pela Anvisa e testado em mais de 300 telecirurgias internacionais, oferece avanços significativos em precisão, qualidade de imagem, feedback tátil e segurança operacional. Esses diferenciais permitem que cirurgias complexas sejam realizadas com máxima eficiência, mesmo à distância, abrindo caminho para a democratização do acesso à cirurgia robótica no Brasil.

Raphael Oliveira, diretor-geral do Hospital Nove de Julho, destaca a importância do feito: “Esse feito demonstra a capacidade ímpar do nosso corpo clínico, a robustez da nossa infraestrutura e o compromisso constante com a inovação em benefício do paciente.” Já Sandro Junqueira, diretor-executivo do Hospital Mãe de Deus, ressalta que a telecirurgia “abre caminhos para conectar centros de excelência e oferecer ainda mais agilidade, expandindo a oferta de procedimentos robóticos a mais pessoas.”

Além do avanço tecnológico, o programa de treinamento em cirurgia robótica do Hospital Nove de Julho, referência nacional e internacional, poderá ampliar seu alcance com a telecirurgia, possibilitando a formação remota de novos cirurgiões e o aumento do acesso à tecnologia robótica em diferentes regiões do país. “Por meio da teleproctoring, conseguimos democratizar ainda mais o acesso, compartilhando nosso conhecimento e experiência adquirida ao longo de mais de 10 anos”, complementa Raphael Oliveira.

O urologista Marcos Tefilli, responsável pela execução da cirurgia em Porto Alegre, enfatiza o impacto da inovação: “É a tecnologia dando novos saltos para que tratamentos de alta complexidade cheguem a mais pacientes. O paciente teve alta um dia após a cirurgia, encontra-se em plena recuperação, o que reforça ainda mais o grande potencial da telecirurgia robótica.”

Este avanço tecnológico representa um passo decisivo para a medicina brasileira, ampliando o acesso a procedimentos de alta complexidade e fortalecendo a colaboração entre centros especializados e regiões com menor disponibilidade de especialistas. A telecirurgia robótica não experimental inaugura uma nova fase no cuidado em saúde, com benefícios diretos para a qualidade de vida dos pacientes.

Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA