Influenciadora trans brasileira enfrenta resistência para mudar nome em homenagem a Mariah Carey
Morando em Londres, Suellen Carey revela desafios legais e sociais ao tentar oficializar seu nome artístico
A influenciadora trans brasileira Suellen Carey, que reside em Londres, compartilhou uma experiência pessoal que revela os desafios enfrentados por pessoas trans na busca pela afirmação de sua identidade. Em comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, Suellen revelou que tentou registrar legalmente o sobrenome “Carey” em homenagem à cantora Mariah Carey, sua maior inspiração desde a adolescência.
“Eu uso o nome Suellen Carey há anos nas redes e pensei: por que não colocar esse nome nos meus documentos também? Mas durante o processo, disseram que nomes de figuras públicas podem gerar confusão. Eu só queria ser oficialmente uma Carey”, contou a influenciadora. Para Suellen, o sobrenome não é apenas uma escolha artística, mas uma parte importante de sua identidade pessoal. “Acho que toda mulher que cresceu ouvindo Mariah se sente um pouco Carey também”, afirmou.
No Reino Unido, a legislação permite que qualquer pessoa mude seu nome livremente, inclusive para nomes inspirados em celebridades, desde que não haja intenção de fraude ou uso indevido. O processo é formalizado por meio do Deed Poll, um documento aceito por órgãos oficiais e instituições privadas. Ainda assim, Suellen relata que enfrentou resistência informal por tentar adotar um nome associado a uma figura pública.
Além da burocracia, a influenciadora destacou as dificuldades sociais que encontrou desde que se mudou para Londres. “Aqui, o respeito que eu tinha antes foi substituído por julgamentos. Algumas leis e debates recentes sobre gênero acabaram deixando as pessoas mais desconfiadas. O medo voltou a fazer parte da minha rotina”, revelou.
Apesar de a legislação britânica não impor exigências adicionais para pessoas trans que desejam trocar de nome, Suellen aponta que o maior obstáculo está no preconceito social. “A burocracia é simples, mas o preconceito é o que dificulta. Ainda existe muita resistência quando uma mulher trans tenta afirmar quem é”, observou.
Suellen também transformou sua semelhança com Mariah Carey em uma fonte de renda, participando de eventos como presença VIP e realizando performances de lip-sync como sósia da cantora. “Hoje passo meus dias entre apresentações e aparições, mas no começo eu tinha medo de que as pessoas me vissem como uma ‘diva’ no sentido negativo”, relembrou.
O nome artístico surgiu espontaneamente e se consolidou como parte de sua imagem pública, fortalecida por vídeos gravados no metrô de Londres e por sua participação em campanhas de visibilidade LGBTQIA+. Mesmo sem o reconhecimento legal do sobrenome, Suellen segue usando “Carey” como sua marca pessoal. “Sou a versão brasileira e trans da Carey, e isso já é suficiente”, concluiu.
Este relato foi compartilhado com exclusividade por meio da assessoria de imprensa, trazendo à tona questões importantes sobre identidade, reconhecimento legal e preconceito enfrentados pela comunidade trans.
Texto gerado a partir de informações da assessoria com ajuda da estagiárIA



